Vaticano, 29 de nov de 2019 às 16:00
Nesta sexta-feira, 29 de novembro, durante a Missa matutina na Casa Santa Marta, o Papa Francisco refletiu sobre a morte, esse momento do fim da vida terrena para a qual toda pessoa deve se preparar.
O Santo Padre abordou este tema refletindo sobre a passagem evangélica do dia, na qual Lucas reúne as palavras de Cristo: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão".
Francisco indicou que, como o Senhor disse, "tudo acabará", mas "Ele permanecerá". Recordou que ninguém sabe quando será chamado diante da presença de Deus e que muitas vezes há a tendência a adiar o pensamento sobre essa realidade, acreditando que somos eternos.
"Todos nós temos esta fraqueza de vida, esta vulnerabilidade. Ontem eu meditava sobre isto, sobre um belo artigo que saiu agora na ‘Civiltà cattolica’, que dizia que o que une todos nós é a vulnerabilidade: somos iguais na vulnerabilidade. Todos somos vulneráveis e a um certo ponto esta vulnerabilidade nos leva à morte. Por isso vamos ao médico para ver como vai a minha vulnerabilidade física, outros vão para curar alguma vulnerabilidade psíquica no psicólogo", indicou.
Segundo informou Vatican News, o Papa Francisco afirmou que a vulnerabilidade une os homens e que nenhuma ilusão os protege. O Papa lembrou que em sua terra havia a moda de pagar antecipadamente o funeral com a ilusão de economizar dinheiro para a família. Quando veio à luz o golpe aplicado por essas empresas fúnebres, a moda passou.
"Quantas vezes a ilusão nos engana", disse o Papa, como a de "ser eterno". A certeza da morte, ao contrário, está escrita na Bíblia e no Evangelho, mas o Senhor sempre a apresenta como um "encontro com Ele" e está acompanhada pela palavra "esperança".
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"O Senhor nos fala para estarmos preparados para o encontro, mas a morte é um encontro: é Ele quem vem nos encontrar, é Ele quem vem nos pegar pela mão e nos levar até Ele. Eu não gostaria que essa simples pregação fosse um aviso fúnebre! É simplesmente Evangelho, é simplesmente vida, é simplesmente dizer um ao outro: somos todos vulneráveis e todos temos uma porta à qual o Senhor um dia baterá".
Portanto, disse que é necessário se preparar bem para o momento em que a campainha tocará, o momento em que o Senhor baterá à nossa porta. Rezemos uns pelos outros, é também o convite do Papa aos fiéis presentes na Missa, para estarem prontos para abrir a porta com confiança ao Senhor que vem.
"Todas as coisas que juntamos, que poupamos, licitamente boas, mas não levaremos nada ... Mas, sim, levaremos o abraço do Senhor. Pensar na própria morte: eu vou morrer, quando? Não está determinado no calendário, mas o Senhor sabe. E rezar ao Senhor: ‘Senhor, prepara meu coração para morrer bem, para morrer em paz, para morrer com esperança’. É esta a palavra que deve sempre acompanhar a nossa vida, a esperança de viver com o Senhor aqui e depois viver com o Senhor do outro lado. Rezemos uns pelos outros sobre isso", expressou.
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— ACI Digital (@acidigital) November 12, 2019