O Papa Francisco lamentou no domingo, 1º de dezembro, após a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, os numerosos mortos nos protestos registrados no Iraque nos últimos dias.

"Estou acompanhando a situação no Iraque com preocupação", começou o Santo Padre. "Soube com tristeza que os protestos dos últimos dias receberam uma reação dura, que causou dezenas de vítimas".

“Rezo pelos mortos e pelos feridos; estou próximo aos seus familiares e a todo o povo iraquiano, invocando a paz e a concórdia de Deus”, concluiu o Papa.

O Iraque, um país que passa por uma longa crise política desde o início da guerra em 2003, com a invasão do exército dos Estados Unidos que levou à derrubada do regime de Saddam Hussein, está imerso em uma onda de protestos que já duram vários meses e que se intensificaram nos últimos dias com diversas mortes.

O país sofre um vazio de poder após a renúncia, em 29 de novembro, do primeiro-ministro Adel Abdelmahdi. Os protestos, apoiados pelas autoridades religiosas xiitas, um ramo do Islã com grande presença no Iraque, são motivados pela longa crise política e econômica que gerou uma situação social insustentável, agravada pela invasão da parte norte do país por milicianos do Estado Islâmico que, até a derrota deste grupo terrorista, agravou a desestabilização interna do Estado.

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Os manifestantes reclamam pela falta de emprego, corrupção e ineficiência dos serviços públicos.

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