Um muro humano de fiéis católicos se posicionou em frente a uma igreja no Peru para defendê-la, apenas com as orações, diante da manifestação feminista “El violador eres tú” (O abusador é você), realizada no sábado, 7 de dezembro.

Na véspera da Solenidade da Imaculada Conceição, cerca de 150 fiéis católicos rezaram o Terço durante várias horas diante da manifestação feminista que ocorreu no Parque Kennedy de Miraflores, em Lima (Peru), que reuniu cerca de 300 mulheres, a maioria jovem.

No entanto, quando chegaram a um dos lados da igreja, o grupo feminista que convocou sua manifestação para denunciar a "violência patriarcal à qual estamos expostas as mulheres e diversidades de maneira histórica" diminuiu consideravelmente e finalmente foram dispersas pela polícia. 

As feministas se reuniram às 15h, cantaram e discursaram até 17h15, aproximadamente, quando começaram a caminhar em volta do parque em direção à igreja, onde chegaram uma hora depois, pois fizeram várias paradas. Em uma delas, fizeram a performance “El violador eres tú” (O abusador é você). Em todo momento a polícia e a guarda municipal as acompanhavam.

De maneira pacífica, rezando o Terço, cantando várias músicas católicas e repetindo em várias ocasiões "Viva Cristo Rei!", os fiéis presentes nos arredores da paróquia protegeram o templo apenas com suas orações.

Entre os católicos, uma jovem se destacou por caminhar junto com as feministas com dois cartazes que diziam “Por uma mulher responsável na sociedade: Não ao feminismo” e “A mulher também é racional. Não ao vandalismo. A violência continua a mesma”.

Um dos católicos exortou os fiéis reunidos em diferentes ocasiões e disse “não vamos sair daqui, não desanimemos e, se necessário, ficaremos até meia noite para defender o nosso templo”.

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Jesús Valverde, um dos jovens que esteve por trás da iniciativa de reunir os fiéis, disse a ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI – que “o principal de hoje é que os católicos responderam e mostraram que amam a sua Igreja. Além deste templo, percebe-se que há um carinho dos fiéis para com sua Igreja e não querem que ninguém se meta com ela”.

"As feministas fizeram o mesmo de sempre: suas expressões grosseiras e ofensivas, o cheiro de maconha em todos os lugares e suas palavras violentas, embora, comparando-as com o México e o Chile, não atinjam esses excessos", afirmou.

As feministas gritavam aos católicos "Cristo não ama você" e os católicos respondiam "Não é o Chile nem a Argentina, aqui é o Peru".

ACI Prensa perguntou a Pablo Contreras Beltrán, um dos fiéis que rezava fora da igreja, o que os católicos deveriam fazer nesse tipo de situação. "Em poucas palavras, nos organizar com antecedência e preparar nossos corações e espírito para defender nossa fé com coragem", indicou.

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