Na quinta-feira, 9 de janeiro, quatro milhões de católicos se reuniram em Manila (Filipinas) para participar da procissão do “Nazareno Negro”, uma representação de Cristo que chegou ao país asiático a partir do México e é considerada uma das maiores manifestações de fé do continente.

Como todos os anos, a imagem é levada da igreja de São Nicolau de Tolentino, seu local de origem, até a paróquia de Quiapo, onde termina a novena iniciada em 31 de dezembro. Entre as orações, milhões de fiéis pedem "uma graça ou um milagre pessoal", segundo ‘Asia News’.

A escultura representa Jesus inclinado sob o peso da cruz. Foi levada do México para Manila por um sacerdote agostiniano espanhol em 1607. Segundo a tradição, durante a viagem, o barco sofreu um incêndio, mas a imagem sobreviveu milagrosamente à tragédia e assumiu a cor negra. A procissão relembra o primeiro translado da estátua, que ocorreu em 9 de janeiro de 1767.

Este ano, os organizadores assinalaram que a procissão reuniu quatro milhões de fiéis, que foram guiados pelo Arcebispo de Manila e novo Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Luis Antonio Tagle.

O Arcebispo pediu orações pela paz e "pela segurança de nossos irmãos no Oriente Médio, para que se dissolva o desejo de destruir nosso próximo e o desejo de vingança" diante das tensões bélicas entre Estados Unidos e Irã.

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Durante a homilia da Missa antes da procissão, o Cardeal Tagle pediu à multidão um momento de silêncio pela paz no Oriente Médio, especialmente depois que o governo filipino ordenou a evacuação de mais de mil trabalhadores que estão no Iraque, afirma ‘Asia News’.

Para garantir a segurança dos fiéis, que durante o percurso de sete quilômetros tentam se aproximar da imagem para tocá-la como um ato de devoção, a polícia trabalha para liberar o caminho diante da plataforma sobre a qual se coloca o “Nazareno Negro”.

Nesse sentido, para evitar problemas de segurança, as autoridades reforçaram as medidas. Segundo a Cruz Vermelha das Filipinas, cerca de 291 pessoas afetadas foram atendidas.

A polícia informou que mais de doze mil agentes foram mobilizados para garantir a segurança, enquanto as redes de telefonia móvel foram desativadas como precaução para evitar qualquer ataque explosivo ativado à distância.

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