A Fraternidade “Comunhão e Libertação” (CL) pediu ao jornal El País a retificação de umas declarações tergiversadas de seu diretor, o sacerdote espanhol Julián Carrón, lhe atribuindo uma acusação à Conferência Episcopal Espanhola de contribuir com seus enganos “ao auge do relativismo na Espanha”.

Em uma carta enviada ao diretor do jornal espanhol, CL pediu publicar as palavras exatas que pronunciou o Pe. Carrón com motivo de uma entrevista publicada em quarta-feira passada 24 de agosto.

Segundo CL seu diretor assegurou: “Algo não funcionou na transmissão da fé (na Espanha), e no resto da Europa. Na Espanha todo era a favor, era possível a transmissão da fé nas escolas, nas paróquias… Não bastava e não podia bastar a redução da fé à ética, a um discurso correto e limpo, um sublinhado às vezes excessivamente moralista do cristianismo”.

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Em apóio a estas palavras, El País afirmava em sua edição da quinta-feira 25 de agosto que “o sacerdote que dirige o movimento católico Comunhão e Liberação (CL), Julián Carrón, opina que a Conferência Episcopal Espanhola contribuiu, com seus enganos, ao auge do ‘relativismo’ na Espanha”.

No artigo titulado “O grupo católico Comunhão e Libertação acusa à Igreja espanhola de relativista”, Enric González informava desde Roma que “em uma entrevista publicada ontem pelo jornal italiano Corriere della Sera, Carrón, de 55 anos, assinala que a hierarquia dirigida pelo cardeal Ricardo Blázquez faz ‘uma leitura às vezes excessivamente moralista do cristianismo’ e que esse é um dos fatores que explica suas dificuldades ‘na transmissão da fé’”.

A Fraternidade pediu ao jornal sua retificação, pois a informação publicada manipula as declarações do Pe. Carrón que em nenhum momento se referiu à Conferência Episcopal nem ao problema do relativismo na Espanha.