SAN JOSÉ, 29 de ago de 2005 às 12:17
Ao finalizar a Assembléia dos Bispos da Costa Rica, o Arcebispo de São José da Costa Rica, Dom Hugo Barrantes; o Bispo de Cartago, Dom José Francisco Ulloa; e o Bispo de Costarena, Dom Oscar Fernández; pronunciaram-se sobre a situação política que está vivendo a Costa Rica e a necessidade de recolocar a política, ao se aproximarem os comícios eleitorais do ano 2006.
Os Prelados insistiram na necessidade de que os partidos políticos lancem novas propostas, em benefício das classes mais necessitadas e não dos interesses partidários e ressaltaram a necessidade que tem o país de trocar de uma democracia representativa a uma democracia participativa, para que os cidadãos possam ver respeitados seus pensamentos e disposições.
Dom Barrantes assinalou a necessidade de fazer um “projeto país, um modelo de desenvolvimento”.
Resposta às necessidades da população
O Prelado acrescentou que “tem que haver uma reforma educativa porque está paralisando a educação, a saúde, todas as políticas sociais nos falharam, tanto as gerais como as focais –e assinalou que- a maioria do povo costa-riquenho está mau. O povo nesta campanha está esperando uma proposta sobre tudo para a classe média, uma classe que atualmente está em perigo, está deixando de ser média para aumentar o número de pobres”
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Assim mesmo, o Arcebispo de São José anunciou que a Igreja na Costa Rica porá em circulação em outubro um documento de orientação para “chamar as urnas a votar e fazer algumas recomendações” para exigir propostas claras por parte dos candidatos.
Referindo-se ao documento, Dom Ulloa informou que o documento contempla “o aspecto da família que deve incluir-se dentro de um programa de governo e da política dos candidatos”. A suas palavras se uniu Dom Fernández, quem se mostrou preocupado pelos “problemas sociais que favorecem diretamente a desintegração familiar em nosso país –e diante dos quais- os governos devem intervir para erradicá-los por completo”.
Dom Barrantes declarou que espera que se abram foros nos meios de comunicação e nas universidades para debater sobre o tema, ressaltando que a desconfiança do povo ante a política não pode cair no abstencionismo, por não ser está a solução.