Após a libertação de três seminaristas sequestrados na Nigéria, o Bispo Sokoto, Dom Matthew Hassan Kukah, informou que o quarto jovem que havia sido capturado há alguns dias foi assassinado.

“Com o coração entristecido, desejo informar que nosso amado filho Michael foi assassinado pelos bandidos em uma data que não podemos confirmar. Ele e a esposa de um médico foram arbitrariamente separados do grupo e finalizados. O reitor identificou o corpo do jovem na tarde de hoje”, disse o Prelado em um comunicado datado de 1º de fevereiro enviado à ACI África, uma agência do Grupo ACI.

Michael Nnadi tinha 18 anos. Foi sequestrado no Seminário Good Shepherd, em Kaduna, em 8 de janeiro. Com ele, foram capturados Pius Kanwai (19), Peter Umenukor (23) e Stephen Amos (23). Os quatro estavam começando os estudos de filosofia.

Um dos seminaristas foi libertado em 19 de janeiro, enquanto os outros dois foram libertados na sexta-feira, 31 de janeiro.

O Bispo de Sokoto disse que teve que adiar o anúncio da morte de Michael Nnadi até que pudesse informar à mãe do jovem, a quem agora acompanham. "O Senhor sabe o que é melhor, vamos permanecer fortes e rezar pelo descanso de sua alma", escreveu o Prelado.

Cerca de 270 seminaristas vivem no Seminário Good Shepherd, localizado em uma área que, segundo a AFP, "é conhecida pelos grupos criminosos que prendem os viajantes sem nenhuma razão".

Alunas e funcionários de uma escola próxima foram sequestrados em outubro e logo depois foram libertados.

Em 2019, vários sacerdotes e seminaristas, junto com pastores de outras denominações cristãs, foram sequestrados na Nigéria, alguns para pedir resgate e outros por militantes islâmicos e grupos terroristas.

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Os líderes eclesiais fizeram um apelo ao governo para priorizar a segurança de seus cidadãos. Thomas Heine-Geldern, presidente da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) Internacional, disse em 13 de janeiro que a situação dos cristãos na Nigéria se assemelha ao que os fiéis sofreram com o Estado islâmico no Oriente Médio.

“Nessa situação, os cristãos eram sequestrados, agredidos e assassinados porque não tinham proteção do Estado. Isso não deve ser permitido com os cristãos na Nigéria. O governo precisa agir agora antes que seja tarde demais”, lembrou Heine-Geldern.

Por sua parte, Dom Kukah incentivou a oração: “Por favor, permaneçamos calmos. Que Deus lhe dê o descanso eterno”, reforçou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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