PANAMÁ, 7 de fev de 2020 às 10:00
O Arcebispo Metropolitano do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, reprovou a rejeição de algumas pessoas em acolher um grupo de jovens bolsistas que voltaram da China por temor ao coronavírus e pediu viver em solidariedade diante da ameaça desta doença.
No domingo, 2 de fevereiro, um grupo de 26 jovens retornou ao Panamá depois de terminar seus estudos na China, detalha CNN.
O grupo chegou ao Aeroporto Internacional de Tocumen, de onde foi levado para uma escola sob fortes medidas de segurança. As autoridades de saúde assinalaram que os jovens permanecerão duas semanas sob observação e monitoramento constante.
Os moradores de Pacora, onde os 26 jovens estão em quarentena, protestaram para exigir que fossem despejados do colégio e transferidos para outro lugar da cidade, por temor a um possível contágio de coronavírus.
A ação dos habitantes incluiu bloqueio de ruas e confrontos com a polícia, embora o Ministério da Saúde (Minsa) tenha assegurado em coletiva de imprensa que os jovens estão saudáveis.
Através de uma carta, Dom Ulloa manifestou sua preocupação com a reação dos moradores, que expressaram "publicamente a rejeição em acolher jovens bolsistas da China".
“Podemos entender a preocupação, mas não a maneira como protestaram. É importante lembrar aos fiéis como viver a solidariedade”, afirmou o Prelado.
Lembrando as palavras do Papa Francisco, Dom Ulloa fez um chamado a fazer própria a necessidade dos demais e viver a solidariedade ao colocar a “disposição de Deus o que temos, nossas humildes capacidades, porque só compartilhando, só no dom, nossa vida será fecunda, dará fruto”.
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"Agradecemos por todo o apoio para que, diante dessa ameaça do coronavírus, permaneçamos firmes na fé, solidários e responsáveis", concluiu.
Além disso, o Prelado pediu aos fiéis que evitem apertar as mãos ou dar abraços na saudação da paz e receber comunhão nas mãos, como medida preventiva contra a propagação do vírus nascido em Wuhan.
Por fim, exortou os fiéis a não compartilharem informações não oficiais, o que pode causar alarme entre a população.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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