Vaticano, 11 de fev de 2020 às 07:00
Neste mês, as cidades italianas de Trento e Loppiano acolhem de 8 a 9 de fevereiro e de 10 a 12 do mesmo mês a Conferência Internacional “Um carisma a serviço da Igreja e da humanidade”, promovida pelo Movimento dos Focolares por ocasião do centenário do nascimento da Serva de Deus Chiara Lubich.
O Papa Francisco aproveitou esta ocasião para cumprimentar os participantes da Conferência e enviou uma carta dirigida aos Bispos amigos do Movimento dos Focolares, na qual destacou a importância do carisma da unidade que Chiara Lubich assumiu e difundiu.
“Por meio do carisma da unidade, em plena harmonia com o magistério do Concílio Ecumênico Vaticano II, o Espírito Santo nos ensina especificamente a viver a graça da unidade segundo a oração que Jesus dirigiu ao Pai nas vésperas de sua Páscoa de morte e ressurreição”, sublinhou Francisco.
Indicou que “o Espírito nos convida a escolher Jesus crucificado como a única totalidade de nosso seguimento e como a única bússola de nosso ministério, tornando-nos um com todos, a partir dos últimos, dos excluídos, dos descartados, para levar a eles a luz, a alegria e paz".
em sua mensagem, o Bispo de Roma destacou o objetivo da Conferência dos Focolares: "Aprofundar no significado e na contribuição do carisma da unidade a serviço hoje da missão da Igreja como comunhão evangelizadora".
O Papa explicou que também é bom para os Bispos “retornar sempre à escola do Espírito Santo, o que os leva a sair do Cenáculo – onde o Senhor Jesus os reuniu em unidade com Pedro e Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja – para caminhar no fogo de Pentecostes com todo o povo de Deus pelos caminhos da missão”.
"Sua luz e sua força guiam para encontrar com misericórdia e ternura aqueles que vivem e sofrem nas periferias existenciais e sociais, anunciando e testemunhando com alegria, sem medo, ricos somente de fé, de esperança e de amor, o Evangelho de Jesus".
O Santo Padre explicou que “os dons carismáticos são co-essenciais, juntamente com os dons hierárquicos, na missão da Igreja, e os Pastores estão investidos do dom específico de reconhecer e promover a ação do Espírito Santo que distribui no seio do Povo de Deus, entre os fiéis de qualquer vocação, graças especiais com as quais os faz aptos e disponíveis para exercer as diversas obras e deveres que sejam úteis para a renovação e a maior edificação da Igreja”.
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Insistiu que “o carisma da unidade é uma dessas graças do nosso tempo, que experimenta uma mudança histórica e pede uma reforma espiritual e pastoral simples e radical, que leve a Igreja à fonte sempre nova e atual do Evangelho de Jesus".
Na carta, o Papa assinalou que "o Espírito abre ao diálogo da caridade e da verdade com cada homem e cada mulher, de todas as culturas, tradições religiosas, as convicções ideais, para edificar no encontro a civilização do amor".
“O Espírito nos coloca na escola de Maria, onde aprendemos que o que vale e permanece é o amor. Como Maria e com ela, somos chamados a fazer presente e, ao mesmo tempo, quase tangível para a humanidade de hoje, a Jesus, o Filho de Deus, que em seu seio se converteu no primogênito entre muitos irmãos e irmãs e que vive ressuscitado entre os que são um em seu Nome”.
Por isso, o Papa encerrou sua mensagem agradecendo os Bispos "pelo dom do carisma da unidade através do testemunho e dos ensinamentos da Serva de Deus Chiara Lubich".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) November 11, 2019