Frente ao medo causado pelo novo coronavírus em Bangladesh, a Igreja Católica faz todos os esforços para apoiar as pessoas no país, especialmente com o trabalho de médicos católicos que enfrentam a crise que atinge o sul da Ásia.

Segundo assinala UCA News, os médicos e especialistas em saúde católicos de Bangladesh se uniram às autoridades estatais para combater os crescentes temores do público decorrentes do surto mortal do novo coronavírus.

Os Coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS-CoV), de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS).

O coronavírus covid-19 é um novo tipo que não foi identificado previamente em humanos. O surto atual foi informado pela primeira vez em Wuhan, China, em 31 de dezembro. Em seguida, espalhou-se por várias províncias chinesas, o que levou o governo a fechar várias cidades.

Mais de 1.100 pessoas morreram e mais de 44 mil foram infectadas pelo vírus, informou a imprensa global.

A Comissão de Saúde da Conferência Episcopal Católica de Bangladesh (CBCB) realizou seu workshop anual em Daca (Bangladesh), em 9 de fevereiro, onde teve como um dos principais temas uma campanha de conscientização sobre o vírus.

Cerca de 50 funcionários e especialistas em saúde católicos das duas arquidioceses e seis dioceses do país participaram do programa na secretaria da CBCB.

Os participantes discutiram uma análise comparativa das políticas de saúde nacionais e eclesiásticas, assim como esforços renovados para priorizar a consciência e o tratamento de doenças importantes, como diabetes e hipertensão arterial.

A Igreja está muito preocupada com o surto de coronavírus e quer fazer todo o possível para apoiar as pessoas, assinalou o chefe dos programas de saúde da Cáritas Bangladesh, Dr. Edward Pallab Rozario.

“As pessoas têm muito medo, pois o vírus mortal gerou um clima de medo. A Igreja e a Cáritas têm trabalhado juntas em nível de base, para que as pessoas saibam como podem evitar serem infectadas tomando medidas como manter a limpeza”, disse Rozario.

Além disso, o médico destacou a importância da conscientização sobre o vírus para as pessoas nas zonas rurais, pois há muitos trabalhadores migrantes.

"A Igreja e a Cáritas têm acesso a nível de base, e estamos aproveitando essa vantagem para alcançar o maior número de pessoas possível", acrescentou.

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Dipok Ekka, membro da comissão de saúde na Diocese de Rajshahi, disse à UCA News que a Igreja já começou a se comunicar com pessoas em áreas remotas para informá-las sobre o surto de coronavírus.

O coronavírus em Bangladesh

O medo do surto de coronavírus tomou conta de Bangladesh nas últimas semanas devido à chegada de oito passageiros que retornaram de Wuhan, o epicentro do surto, em 1º de fevereiro, e que foram internadas em um hospital estatal em Daca, apresentando alta temperatura corporal.

Bangladesh continua permitindo voos para e da China, mas instalou mecanismos de detecção em todos os aeroportos internacionais para identificar possíveis infecções.

Os ministros do governo advertiram que a infecção por coronavírus está prestes a colocar em risco a economia de Bangladesh, uma nação no sul da Ásia, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza.

O ministro do Comércio, Tipu Munshi, disse que o comércio com a China despencou desde o surto, à medida que as importações e exportações caem.

As exportações de alimentos congelados, incluindo caranguejo e enguia, destinados principalmente à China, diminuíram nas últimas semanas, enquanto as importações de matérias-primas para o setor vital de vestuário do país foram afetadas, disse o ministro aos jornalistas, em 11 de fevereiro.

"Nosso mercado local e nossa economia sofrerão se o surto na China persistir", disse.

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Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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