PEQUIM, 21 de fev de 2020 às 00:00
Enquanto a expansão do coronavírus continua, leigos e religiosos católicos tentam fornecer ajuda e cuidado pastoral a todos os que são vulneráveis a serem afetados por sua propagação.
Na China continental, o número de pessoas que morreram por causa do coronavírus é de 2.004 e mais de 74 mil pessoas foram infectadas no país. A Comissão de Saúde da China informou, na terça-feira, que existem 11.977 casos graves e 14.376 pessoas que foram curadas.
O Jinde Charities, um grupo católico reconhecido pelo governo na China, forneceu 132 milhões de dólares em ajuda para apoiar o tratamento médico, roupas de proteção, máscaras de emergência, óculos e desinfetantes.
"Como a epidemia permanece grave, o fornecimento de suprimentos médicos, como roupas de proteção e máscaras para hospitais designados, continua sendo uma das principais prioridades", afirmou a instituição segundo um comunicado divulgado em 12 de fevereiro.
"Até o momento, toda a sociedade, incluindo a Igreja Católica na China, está lutando contra a epidemia para salvar as pessoas", declarou.
Pe. John Baptist Zhang, diretor da Jinde Charities, disse que há mais trabalho a ser feito e exortou a Igreja Universal a fornecer mais ajuda.
"Precisamos que irmãos e irmãs da Igreja Universal se unam à luta contra a praga da raça humana fazendo uso da força universal da Igreja Católica e doando fundos e suprimentos médicos", disse, segundo UCA News.
O Vaticano doou 700 mil máscaras descartáveis no início deste mês.
O novo tipo do vírus, originado em Wuhan, província de Hubei, na China, pode causar febre, tosse e dificuldade respiratória. Em alguns casos, pode levar a quadros de pneumonia, insuficiência renal e uma síndrome respiratória aguda grave.
O maior número de casos informados com COVID-19, doença respiratória causada pelo coronavírus, está na China, mas o vírus se expandiu para 26 países, com cerca de 600 casos fora deste país.
Inúmeros governos impuseram restrições firmes de viagem e mais de 780 milhões de pessoas na China estão enfrentando alguns tipos de restrições para se mobilizar.
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Além disso, vários países se recusaram a receber turistas que estiveram na China.
O cruzeiro de Westerdam permaneceu no mar por quase duas semanas adicionais, depois de visitar Hong Kong, uma cidade com cerca de 50 casos de coronavírus.
Cerca de 1.455 passageiros e 802 membros da tripulação, entre eles um sacerdote do Apostolado do Mar dos Estados Unidos da América, estavam no cruzeiro sem poder sair. O sacerdote, que pediu para permanecer anônimo, prestou serviços espirituais e de aconselhamento aos passageiros.
Doreen M. Badeaux, secretária-geral do Apostolado do Mar, disse à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, que os passageiros estavam muito preocupados, por isso o sacerdote decidiu “escrever uma novena para o Coronavírus e, aqueles que assistiam à Missa diariamente a bordo começaram a rezá-la todos os dias”.
Além de realizar Missa diária e atender confissões, o sacerdote também oferecia serviços de aconselhamento e assistência pastoral a qualquer passageiro, independentemente da fé.
“Durante um momento de tanta tensão, é muito importante ter um sacerdote a bordo. A tripulação a bordo sempre tem que ser profissional e não mostrar seu próprio estresse ou preocupação pelos passageiros. Mas com o padre, os funcionários podem relaxar e falar com franqueza, sabendo que ele não compartilhará o que dizem”, disse Badeaux.
"Acho que lembrou às pessoas que deveriam relaxar, rezar e pensar nas pessoas ao seu redor, para perceber que todos, literalmente, estavam ‘no mesmo barco’, e que sejam pacientes com o processo", acrescentou.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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