RIO DE JANEIRO, 28 de fev de 2020 às 09:46
Os deputados católicos Márcio Gualberto e Chris Tonietto entraram com uma notícia-crime contra a obra blasfema de uma exposição no Rio de Janeiro, a qual mostra a Virgem Maria com um seio a mostra e órgão sexual masculino e traz a inscrição “Deus acima de tudo, gozando acima de todos”. O secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Adolpho Konder, constatou “vilipêndio” na obra, o que é tipificado como crime no Código Penal brasileiro.
Na quinta-feira, 27 de fevereiro, o deputado estadual do Rio, Márcio Gualberto, informou que deu entrada na notícia crime junto com a deputada federal Chris Tonietto na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), “assim como no Ministério Público”.
“O autor deve responder criminalmente por sua obra ofensiva à fé católica”, assinalou o parlamentar em seu Instagram, por meio de vídeo intitulado “Isso não é arte, é crime”.
Por sua vez, a deputada Chris Tonietto expressou por meio de suas redes sociais que, ao permitir tal exposição, a Prefeitura do Rio de Janeiro “premia o crime e escarnece de toda a população carioca”.
“A permissividade com um vilipêndio ostensivo da fé majoritária do povo brasileiro (conduta tipificada como crime pelo artigo 208 do Código Penal) envergonha todo o Rio de Janeiro, e traz para nosso município a reprovação e as vinganças do próprio Deus, que nosso Prefeito tanto declara venerar”, disse.
A exposição blasfema está no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, espaço da Secretaria Municipal de Cultura do Município do Rio de Janeiro, e traz entre suas obras uma intitulada "Todxs xs santxs - renomeado - #eunãosoudespesa", a qual é composta por um oratório estilizado no qual se encontra a imagem da Virgem Maria com o seio a mostra e um órgão genital masculino.
No dia 19 de fevereiro, o deputado Márcio Gualberto denunciou em um vídeo em suas redes sociais que se trata de uma exposição que “exibe um absurdo escárnio da fé cristã”.
“A pergunta que eu faço é se isso aqui deveria estar em um espaço administrado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Evidentemente que não”, afirmou o parlamentar na ocasião, quando também lamentou como, “agora, virou moda zombar do cristianismo”. “Nós não iremos aceitar isso”, disse.
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Após esta denúncia, uma equipe da secretaria de Cultura esteve no local na manhã de 20 de fevereiro e pediu que a classificação fosse alterada de 10 para 16 anos.
Em seguida, no domingo, 23 de fevereiro, o secretário de Cultura, Adolpho Konder, afirmou em vídeo publicado no Facebook da Secretaria que o artista Órion Lalli, responsável pela obra, será “oficiado” antes da abertura da exposição, uma vez que o Centro Cultural está fechado por causa do recesso de Carnaval e só reabrirá na segunda-feira.
Segundo ele, depois de receberem a denúncia sobre a obra blasfema, foram ao local e constataram “vilipêndio”.
“Gostaria de salientar que a Secretaria Municipal de Cultura abriga as mais diversas manifestações culturais e artísticas, mas não podemos admitir nada que promova intolerância e ofensa ao sentimento religioso de qualquer credo”, afirmou Konder, ao alegar que “essa exposição foi aprovada por um curador na gestão anterior à nossa”.
“Lamentamos profundamente o ocorrido e me solidarizo com as pessoas que se sentiram ofendidas”, concluiu o secretário.
Confira também:
Deputados pedem retirada de imagem blasfema da Virgem Maria de exposição no Rio https://t.co/zaI42oHUOg
— ACI Digital (@acidigital) February 21, 2020