BOGOTÁ, 10 de mar de 2020 às 14:30
Em 8 de março, durante uma manifestação por ocasião do Dia Internacional da Mulher, um grupo de feministas invadiu a paróquia A Sagrada Paixão, em Bogotá (Colômbia), e deixou frases nas paredes em favor do aborto e contra os sacerdotes, enquanto cantavam canções ofensivas.
Essa é uma das manifestações organizadas pelo coletivo feminista, que ocorreu também em outras cidades da Colômbia, como Medellin e Cali, na qual utilizam a luta pelos direitos da mulher para exigir a legalização do aborto.
Internacionalmente, em países como Chile, México e Espanha, os manifestantes também causaram danos a espaços e edifícios públicos e privados, atacando templos católicos com especial violência.
No Twitter, vários usuários informaram sobre a invasão destas mulheres à igreja colombiana, onde gritaram frases como “se o Papa fosse mulher, o aborto seria lei”, “é preciso abortar este sistema patriarcal”, enquanto colavam cartazes e pichavam as paredes e portas da igreja.
#8M2020 | Protesta de mujeres se toma una iglesia en #Bogotá. Rechazan contra los casos de pederastia protegidos por la Iglesia Católica y los curas violadores. Igualmente apoyan la legalización del aborto. #NiUnaMenos #DiaDeLaMujer #DiaInternacionalDeLaMujer pic.twitter.com/yiVVfQfpQP
— Colombia Informa (@Col_Informa) March 8, 2020
As feministas com lenços verdes, que é o símbolo dos grupos abortistas, entraram na igreja para escrever com spray frases como: “padres estupradores”, “encobridores”, entre outros.
La fuerza disruptiva del feminismo, en un gesto iconoclasta, se tomó por algunos minutos la parroquia Sagrada Pasión, durante la movilización del #8M2020 /Bogotá, Colombia.
— Revista Hekatombe ? (@Hekatombe_) March 8, 2020
Se escucharon consignas como: si el papa fuera mujer, el aborto sería ley. pic.twitter.com/xguKlr7FNG
Em declarações a ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, Pe. Jairo Sterling, que é pároco da igreja e estava presente durante o ataque, indicou que aproximadamente duas mil mulheres passaram em frente à paróquia por volta das 10h30.
O sacerdote comentou que "chegaram ao templo para protestar com discursos muito ofensivos", fato que impediu a realização da Santa Missa, marcada para 11h, por causa dos gritos que ecoavam dentro do templo.
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Além disso, ressaltou que este ataque é um dano “ao patrimônio público”, a um templo que é “um lugar de acolhida para as pessoas”.
"O vandalismo realmente não deve ser permitido, as mulheres têm todo o direito a protestar", mas de maneira pacífica, indicou o pároco.
Embora haja pessoas de boa vontade na marcha, "o desrespeito à propriedade privada e desrespeito contra o culto religioso e a tradição” não devem ser uma opção, acrescentou.
Do mesmo modo, indicou que, lamentavelmente, a paróquia, que é uma obra arquitetônica, está em uma região de baixos recursos, onde há muito comércio e prostituição, por isso, as pessoas têm medo de ir à Missa, e não há muitos paroquianos.
Pe. Sterling disse que ainda não sabem como vão cobrir os danos, que totalizam dois milhões de pesos (aproximadamente 550 dólares).
O ataque foi denunciado a um canal de televisão na Colômbia e o padre espera conversar com a prefeitura.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Igrejas emblemáticas são pichadas com frases abortistas em marcha do 8M https://t.co/t1JV51fUYN
— ACI Digital (@acidigital) March 10, 2020