REDAÇÃO CENTRAL, 7 de abr de 2020 às 06:00
“A graça que lhes concedeu de ensinar as crianças, de anunciar-lhes o Evangelho e de educar seu espírito religioso é um grande dom de Deus”, dizia São João Batista de La Salle, fundador dos Irmãos das Escolas Cristãs (Irmãos Lasallistas) e padroeiro dos educadores. Sua festa é celebrada neste dia 7 de abril.
São João Batista de La Salle nasceu em Reims (França), em 1651, em uma família rica. Desde pequeno desejou ser sacerdote. Graduou-se como professor em Artes e ingressou no Seminário de São Sulpício, em Paris. Quando tinha 19 anos, seus pais morreram e assumiu a responsabilidade de educar seus irmãos mais novos.
Foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Com o tempo, parecia que ocuparia altos cargos eclesiásticos, mas via que Deus o chamava aos mais pobres. Foi assim que começou a se reunir com um grupo de professores, dando-lhes formação humana, pedagógica e cristã.
No dia 24 de junho de 1681, João Batista de La Salle e seus professores iniciaram uma vida em comunidade em uma casa alugada, marcando o nascimento dos Irmãos das Escolas Cristãs.
Dentro de suas reformas na educação, o santo introduziu o ensino de crianças em grupo, já que até esse momento se instruía a cada um separadamente; iniciou uma escola gratuita em Paris para rapazes pobres e fundou universidades em Reims e Saint-Denis para formar professores.
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Nessa época, houve uma terrível fome na França e o santo repartiu todos os seus bens para ajudar os necessitados.
Em 1686, oito de seus seguidores emitiram seus primeiros votos na companhia que São João Batista fundou e, em 15 de agosto, consagrou sua comunidade à Virgem Maria.
Costumava viajar a pé solicitando alojamento e alimento. Sua batina e seu manto eram tão pobres e descoloridos, diziam, que nem um indigente os aceitaria como doação.
Passava muitas horas em oração e insistia aos membros de sua comunidade que aquilo que confere mais êxito no trabalho de um educador é orar, dar bom exemplo e tratar todos como Cristo recomendou no Evangelho: “fazendo a outros todo o bem que desejamos que nos façam”.
Em 7 de abril de 1719, Sexta-feira Santa, partiu para a Casa do Pai. Suas últimas palavras foram: “Adoro em tudo a vontade de Deus para comigo”. Foi canonizado em 24 de maio de 1900 e, em 15 de maio de 1950, foi nomeado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo Papa Pio XII.