Consultado pelo jornalista espanhol Jordi Évole, em uma entrevista transmitida em 22 de março, o Papa Francisco assinalou que uma de suas principais preocupações em relação à crise do coronavírus COVID-19 é a "solidão" e incentivou a resgatar a convivência das famílias.

"Estou preocupado com a solidão", disse o Santo Padre e lamentou que tenhamos nos esquecido de como conviver cotidianamente, “não nos recordamos”.

Quando em uma família comem juntos, lamentou, estão “os pais olhando para a televisão e os filhos cada um com o seu telefone, comunicando-se com outros e entre eles não se comunicam”.

O tipo de coronavírus identificado como COVID-19 foi registrado pela primeira vez em Wuhan (China) e se espalhou para quase 180 países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 21 de março, foram confirmadas 266.073 infecções por coronavírus COVID-19 e 11.184 mortes em todo o mundo.

Frente ao coronavírus, que levou muitos governos a sugerir ou impor isolamento social para evitar o aumento do contágio, o Papa destacou que "hoje, nas casas, os pais começam a escutar seus filhos de uma maneira diferente".

“Os pais brincam com seus filhos pequenos porque não podem sair, estão lá. Eles têm tempo para se encontrar, para se reencontrar. Hoje, todos sentem a necessidade de acariciar seus idosos, seus avós", afirmou.

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Para o Papa Francisco, “hoje temos que resgatar a convivência. E, talvez, essa seja uma das conquistas que podemos tirar nesta tragédia”.

"Muito triste que seja uma tragédia, mas temos que recuperar a convivência humana, a proximidade", afirmou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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