WASHINGTON DC, 3 de abr de 2020 às 08:00
A maioria dos norte-americanos indica que rezou pelo fim do novo coronavírus, inclusive aqueles que afirmam que raramente ou nunca rezam, informa uma nova pesquisa.
De acordo com um novo estudo do Pew Research Center, publicado na segunda-feira, 30 de março, 55% dos norte-americanos rezaram pelo fim da pandemia, incluindo pouco mais de dois terços (68%) dos católicos.
A pesquisa com mais de onze mil norte-americanos adultos foi realizada entre 19 e 24 de março e perguntou aos participantes sobre suas atitudes durante o surto de coronavírus, que inclui a vida de oração.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 1º de abril, havia mais de 823 mil casos confirmados do novo coronavírus (COVID-19) em todo o mundo, e os Estados Unidos têm mais de 163 mil pessoas infectadas com o vírus e 2.850 mortos.
Segundo a pesquisa, 15% daqueles que "raramente ou nunca rezam" indicam que rezaram pelo fim da pandemia, e até 36% daqueles que não praticam uma religião específica dizem que rezaram pela luta contra o vírus.
Seguindo as ordens para ficar em casa, a pesquisa também descobriu que menos pessoas frequentam serviços religiosos. 59% das pessoas que frequentam os serviços pelo menos uma ou duas vezes por mês disseram ter reduzido a frequência. Mas, entre o mesmo grupo, uma porcentagem semelhante – 57% – relatou ter assistido serviços religiosos online ou na televisão, em vez de comparecer pessoalmente durante a pandemia.
Além disso, entre os católicos que participam da Missa pelo menos uma ou duas vezes por mês, 55% disseram ter assistido com menos frequência durante o surto de coronavírus e 46% indicaram que estavam assistindo a Santa Missa on-line ou na televisão em vez de comparecer pessoalmente.
Os bispos católicos em todo o país suspenderam as Missas públicas, sendo a Arquidiocese de Seattle a primeira a fazê-lo em 11 de março.
No entanto, junto com o cancelamento de Missas públicas durante a pandemia, os bispos também exortaram os católicos a aprofundar suas próprias vidas de oração.
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O presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB), Dom José Gomez, declarou em 13 de março que "agora é a hora de intensificar nossas orações e sacrifícios pelo amor de Deus e pelo amor ao próximo" e pediu aos católicos que rezem em união com o Papa Francisco pelos doentes, profissionais de saúde e líderes civis.
O Bispo de Pittsburgh, Dom David Zubik, emitiu a carta pastoral “O outro lado do corona” em 20 de março, na qual assinala que o fechamento massivo de escritórios e escolas, as demissões e a suspensão de Missas públicas como resultado do coronavírus "é uma oportunidade para aprofundar nossa relação com Jesus" e chamou os católicos a rezarem a Deus para que os proteja do vírus e console todos os afetados.
O Arcebispo da Filadélfia, Dom Nelson Pérez, pediu aos católicos que se unam ao Papa Francisco em oração pelo fim da pandemia, em 25 de março, Solenidade da Anunciação.
Em 27 de março, frente à pandemia de coronavírus, o Papa Francisco concedeu uma bênção Urbi et Orbi extraordinária da Basílica de São Pedro.
"Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor", disse o Papa Francisco durante a Hora Santa, que incluiu a Adoração Eucarística e a bênção.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) March 25, 2020