EDIMBURGO, 7 de set de 2005 às 18:40
O Arcebispo de Edimburgo, Cardeal Keith O’Brien, assinalou que aos casais de fato e homossexuais não se lhes deve outorgar a adoção de crianças porque não é justo experimentar com os menores, referindo-se às recomendações de um grupo de “peritos” avaliados pelo Governo escocês que propõe lhes outorgar este direito.
“Não posso entender esta perspectiva. Muitíssimas coisas evidenciam a instabilidade dos casais de fato e a instabilidade crônica dos casais do mesmo sexo, e é muito preocupante que nossos ‘peritos’ ignorem esta realidade”, afirmou o Cardeal, em um artigo publicado pelo Sunday Times- Scotland Edition.
Este grupo de “peritos”, a quem se refere o Cardeal escocês, redigiu um relatório no mês de junho no qual fazia 100 recomendações e sugestões sobre o tema das adoções, e indicou que os casais homossexuais e as uniões de fato deveriam poder adotar.
Para o Arcebispo de Edimburgo, “os casais de fato e os casais homossexuais podem ser descritas como aquelas que têm um alto grau de instabilidade”. Além disso citou algumas estatísticas nas quais se mostra que os casais de fato costumam durar uns três anos.
“É difícil de entender por que alguém consideraria pôr a uma criança em um ambiente imoral e no que não vai chegar a seu desenvolvimento humano pleno”, indicou, ao referir-se à alta promiscuidade do ambiente homossexual.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Também destacou que na Dinamarca, onde as uniões homossexuais são legais faz 16 anos, este tipo de casais não podem adotar crianças. Na Suécia só algumas destes casais adotaram menores, quando um dos pais é parte da união homossexual.
Os meninos necessitam um pai e uma mãe
Para o Arcebispo de Edimburgo, os meninos necessitam um pai e uma mãe. Além disso, os meninos criados em casais do mesmo sexo mostram uma série de problemas como baixa auto-estima, stress, confusão em sua identidade sexual, enfermidades mentais, uso de drogas, promiscuidade, enfermidades de transmissão sexual e conduta homossexual.
“As crianças adotadas na Escócia –continua o Cardeal– não podem ser cobáias em um experimento social que procura redefinir o matrimônio, atacar à família e ameaçar o bem social”. “lhes negar os benefícios de ter uma mãe e um pai dentro de um matrimônio comprometido lhes causará um grande dano a uma minoria débil que devemos proteger”, enfatizou.
O relatório difundido pelo governo escocês se fez público recentemente e espera uma resposta em 31 de outubro, dia em que se fará uma consulta popular. Faz quatro anos, o executivo tinha realizado um estudo no mesmo tema no que se indicou que as adoções no país descenderam de mil a 400 nos últimos 20 anos.