Dom Luis Argüello, Secretário-Geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e Bispo Auxiliar de Valladolid (Espanha), incentivou os Bispos de todas as dioceses da Espanha a "dar um passo adiante em generosidade".

Por isso, anunciou que, da Comissão Executiva da Conferência Episcopal Espanhola, foi sugerido "aos Bispos de toda a Espanha" que cada um veja em sua diocese como propor aos sacerdotes "doar parte de nosso salário ou uma contribuição fixa por um tempo e, a partir daí, convidar a comunidade cristã a participar dessa iniciativa”.

Nesse sentido, também incentivou a juntar-se à Campanha da Cáritas "Cada gesto importa" para oferecer nossa ajuda econômica aos mais pobres.

Também recordou as iniciativas lançadas por outras organizações como a Campanha das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em prol da solidariedade com outros países e a possibilidade de marcar os dois X na Declaração de Renda para "ajudar o dobro e dobrar a solidariedade" ou usar a página donoamiiglesia.es, que ajuda diretamente paróquias e dioceses.

Liberdade de culto

Em relação aos atos de liberdade de culto dos fiéis, Dom Argüello sublinhou que da CEE “chamamos para ficar em casa. Os templos em muitos lugares estiveram fechados, mas a Igreja se manteve aberta. Uma questão é o templo e outra é a vida da Igreja. Que se manteve através de uma criatividade pastoral extraordinária”.

"O artigo 11 do Real Decreto do Estado de alarme reconhece essa situação e o artigo 7 não dizia explicitamente nada sobre as saídas para o culto, que são os artigos que estão regulando estas questões”, afirmou. Além disso, destacou que “nem sequer no estado de exceção pode-se suprimir a liberdade de culto”.

Em relação à intervenção da polícia em algumas paróquias interrompendo o culto, Dom Argüello destacou que "é desmedido, não respeita nem o 11 do estado de alarme nem o artigo 16 da Constituição espanhola".

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Em relação ao afrouxamento do confinamento no que se refere ao culto religioso “especialmente sobre a saída progressiva, queremos esclarecer a situação do culto com o governo. A presença e celebração da fé tem muita importância para os cristãos. Por isso, seguindo todas as recomendações, queremos que o culto retorne à sociedade. É muito importante que a Eucaristia possa ser celebrada com o povo, progressivamente”.

Por isso, reiterou que seu desejo é poder conversar com as autoridades para fazê-lo "sem dar origem a situações problemáticas ou intervenções policiais, a conflitos na interpretação dos artigos 7 e 11".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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