A Plataforma Cidadã "Hazteoir.org" denunciou que a Organização de Nações Unidas (ONU) suspendeu temporalmente sua ajuda financeira a Uganda em uma manobra que poderia procurar o final da bem-sucedida campanha de abstinência e fidelidade com a que o país africano combate o AIDS.

Embora o Fundo Mundial de luta contra o AIDS, a Tuberculose e a Malária,  tomou como desculpa para a supressão de recursos “uma presunta ‘má gestão’ por parte do Ministério de Saúde ugandés”, segundo Hazteoir.org “todo parece apontar que o objetivo real é pressionar a Uganda e obrigá-la a modificar sua estratégia na luta contra o AIDS, apoiada em promover a abstinência e a fidelidade e que, apesar dos bons resultados obtidos, não é vista com bons olhos pelos responsáveis da ONU”.

A Plataforma informou que “ante o cancelamento das ajudas, o governo de Uganda iniciou uma investigação para analisar as causas das deficiências detectadas. Entretanto surpreende a severidade da medida adotada por Nações Unidas. Ante a detecção de umas falhas administrativas não parece lógico cancelar automaticamente as ajudas e exigir, além disso, suprimir a Unidade de Gestão de Projetos pertencente ao Ministério de Saúde de Uganda”.

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Hazteoir.org sustenta que “são permanentes as críticas da Nações Unidas a países como Uganda, que fomentam a abstinência e fidelidade como principais instrumentos de luta contra o AIDS. Estas críticas surgem da visão ideológica e afastada da realidade da ONU na luta contra esta enfermidade”.

O assunto é que a ONU “unicamente reconhece como elemento válido na luta contra o AIDS o preservativo e em seus planos de luta contra a enfermidade não cabem outro tipo de atuações ou medidas preventivas. Assim, enquanto congela todo tipo de ajuda econômica a Uganda, a ONU se compromete a assegurar a distribuição de preservativos, apesar da existência de estudos que demonstram falhas mecânicas nos preservativos entre 14 por cento e 17 por cento das vezes, com a conseguinte falta de proteção. A ONU também esquece que se detectaram e denunciaram graves defeitos de fabricação nos preservativos”.