WASHINGTON DC, 8 de mai de 2020 às 10:46
Maria Arvonio, enfermeira católica e membro do diretório da National Association of Catholic Nurses USA, afirmou na Casa Branca que cuidar de pacientes com coronavírus "não é apenas uma questão de nossa ciência, mas de nossa compaixão", em um evento realizado em 6 de maio e com a presença do presidente Donald Trump.
No evento, Arvonio recordou como foi cuidar do primeiro paciente de coronavírus na Unidade de Terapia Intensiva do Virtua Willingboro Medical Center, em Nova Jersey, onde trabalha supervisionando o turno da noite. "A paciente estava muito assustada", disse, considerando que a área onde fica o centro de saúde "é uma zona complicada".
A enfermeira disse que, com todo o equipamento que utilizam para se proteger do contágio "parece que estamos indo para a lua", e comentou que tocou a mão dessa paciente e disse-lhe que tudo ia "ficar bem".
“Ela não terminou no respirador, conseguimos tirá-la de lá. Eu sei que é uma questão de oração. Sei que é a compaixão da enfermeira. Não é apenas questão de ciência, mas de nossa compaixão", disse.
Arvonio falou diretamente com o presidente Trump na Casa Branca na celebração do Dia Nacional das Enfermeiras. Também estavam presentes o vice-presidente, Mike Pence; o secretário de Saúde, Alex Azar; entre outros.
"Este é realmente o pior ataque que já tivemos. É pior que Pearl Harbor. Isso é pior que o World Trade Center. Nunca tivemos um ataque assim", disse Trump no evento.
O presidente declarou o Dia Nacional das Enfermeiras, considerando que “refletem o caráter da América e mostram a incansável capacidade do espírito humano. Esses cuidadores destacados demonstram sua experiência profissional, sua dedicação desinteressada, sua grande compaixão e força”.
Maria Arvonio também disse no evento que "nesses anos em que cuidei de pacientes com doenças contagiosas", nunca vi uma como o coronavírus que é a mais "preocupante" de todas.
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"No entanto, eu e as lindas enfermeiras com as quais tenho a bênção de trabalhar, continuamos trabalhando com a mesma dedicação e amor pelos pacientes, independentemente desse vírus mortal", acrescentou.
Por sua vez, Sophia Thomas, presidente da American Association of Nurse Practitioners, referiu-se à falta de equipamento de proteção para o pessoal de saúde no país. Thomas disse que usa a mesma máscara N95 há várias semanas.
Nos Estados Unidos, existem quase 1,3 milhão de casos de coronavírus e mais de 76 mil mortes.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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