LONDRES, 9 de set de 2005 às 13:30
O diretor nacional britânico da fundação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Neville Kyrke-Smith, respaldou o pedido do Arcebispo do Westminster ao governo inglês para assegurar o futuro dos cristãos no Iraque.
“Nossos amigos cristãos no Iraque estão profundamente preocupados, porque confrontam direta ou indiretamente, a ameaça da "sharia". O último que queremos é que esta ameaça entre pela porta traseira”, indicou Kyrke-Smith e antecipou que “isto pode implicar que os cristãos desapareçam do Iraque”.
O Cardeal Cormac Murphy-Ou’Connor respondeu ao chamado dos líderes cristãos do Iraque com uma carta dirigida ao secretário de Assuntos Exteriores britânico, Jack Straw, em que exige a eliminação da cláusula 2ª do rascunho da Constituição, argumentando que poderia “privar aos cristãos e outras minorias de seus direitos básicos como cidadãos”.
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No rascunho da Constituição se lê: “Não pode ser passada em nenhuma lei que contradiga as normas do Islã”.
Segundo AIS, “muitos pensam que esta cláusula poderia conduzir a introdução da sharia, sob a qual os cristãos poderiam perder direitos fundamentais e ser vítimas de um menor ou nulo amparo diante da lei, a imposição de restrições à restauração e construção de Igrejas, impostos especiais e a imposição do uso do véu para as mulheres. Além disso, poderiam ficar excluídos de cargos de responsabilidade e ser obrigados a trabalhar em domingo, com surras para os que se ausentem para assistir a Missa”.