LONDRES, 20 de mai de 2020 às 10:00
Uma mulher que fez um aborto no Reino Unido em 2017 entrou com uma ação contra o Estado, porque afirma que não teria realizado esta prática se tivessem lhe informado que seu filho de 23 semanas de gestação sentiria dor no procedimento.
“Não me informaram que meu bebê sentiria dor durante o aborto ou que tinha uma chance razoável de sobreviver se tivesse nascido. Se tivessem me contado isso, eu não teria abortado”, diz Ana Maria Tudor, atualmente com 32 anos, no site que lançou para angariar o dinheiro necessário para realizar a ação judicial.
“Apresento esse caso legal para garantir que as clínicas forneçam às mulheres todas as informações necessárias para tomar uma decisão que mudará a vida delas. Não receberei nenhuma compensação por isso”, acrescenta.
"Na clínica, pedi para ver o ultrassom da criança e me disseram que isso não era possível e, quando perguntei qual era o procedimento, eles me informaram que se tratava apenas de tomar uma anestesia geral e que acordaria depois do procedimento”, relata Ana Maria.
“Como resultado da minha experiência, sofri uma depressão significativa. Quero garantir que outras mulheres em meu lugar recebam as informações necessárias para que não se arrependam de tomar a decisão errada”, destaca a jovem.
Em declarações recentes ao programa EWTN ProLife Weekly, o advogado de Ana Maria, Paul Conrathe, explicou que estão solicitando que “a instituição nacional que orienta médicos e profissionais de saúde em relação às diretrizes clínicas, atualize-os para garantir que esses profissionais forneçam informações adequadas e precisas às mulheres quando consideram se submeter a um aborto".
"No momento, essas diretrizes não exigem que esses profissionais digam às mulheres que seu bebê pode sentir dor ao ser abortado", destacou.
As diretrizes usadas pelo National Institute for Health and Care Excellence (NICE), a instituição a que o advogado se refere, foram dadas em 2010 pelo Royal College of Obstetricians and Gynecologists (Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas) “que diz de forma inequívoca que os bebês não nascidos não sentem dor”, disse Conrathe.
O advogado especificou que Ana Maria “estava indecisa e descobriu que estava grávida quando já tinha 20 semanas e pensava que não podia ter filhos. No começo, ela estava contente, mas suas circunstâncias eram desafiadoras e com uma boa dose de reticência, continuou com o processo”.
“Quando estava indo para a clínica de aborto, conheceu um conselheiro pró-vida que teve um grande impacto nela, mas infelizmente continuou com o aborto. Depois de tudo, contou-me que foi a pior decisão de sua vida", explicou Conrathe.
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Por sua parte, o Dr. David Prentice, vice-presidente do Charlotte Lozier Institute, no Kansas (Estados Unidos), afirmou que "essa mulher não estava totalmente informada e a verdade é que esses bebês, mesmo no útero, sentem muita dor cedo".
“Agora que a ciência está ficando mais clara, sabemos que pelo menos a partir de 18 a 20 semanas (os nascituros) sentem dor. Outras publicações indicam que podem sentir a dor inclusive a partir da 12ª semana”, disse o especialista à EWTN ProLife Weekly.
"Esses pequenos seres humanos merecem respeito e dignidade humana", enfatizou.
Para colaborar com a causa de Ana María Tudor, entre AQUI.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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