Um sacerdote da Arquidiocese de Milwaukee (Estados Unidos) chamou a atenção das redes neste fim de semana ao analisar o número de mortos por coronavírus na Itália e identificar o dia 27 de março como o dia em que tudo mudou.

Nesse dia, o Papa Francisco presidiu na Praça de São Pedro um momento extraordinário de oração acompanhado pelo Cristo Milagroso, uma imagem do Jesus crucificado à qual os romanos atribuíram o fim da epidemia de 1522. Além disso, concedeu a bênção Urbi et Orbi e rezou diante da imagem do Senhor crucificado.

 

Em sua conta no Twitter, Pe. John LoCoco identificou, por meio do Alerta sobre a COVID-19, acessível pelo Google, que aquela sexta-feira foi o dia no qual se registraram mais falecidos na Itália, com 919 vítimas.

Desde então, começou um declínio gradual, até registrar, no dia 24 de maio, 50 mortes na Itália. Como se sabe, este foi o primeiro país europeu onde a pandemia causou estragos depois que o vírus deixou a China, causando, segundo a Universidade Johns Hopkins, mais de 230 mil infecções e 32.800 mortes.

Há alguns dias, várias medidas restritivas foram levantadas na Itália e as Missas voltaram a ser celebradas com a presença dos fieis, mas mantendo as recomendações sanitárias para evitar um novo surto de coronavírus.

No dia extraordinário da oração, o Papa Francisco também rezou diante da imagem mariana da Salus Populi Romani.

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Em meio à chuva e diante de uma praça de São Pedro vazia, o Pontífice refletiu sobre a passagem do Evangelho na qual Cristo acalma a tempestade no mar da Galileia.

"Revemo- nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos, carecidos de mútuo encorajamento", expressou.

No entanto, recordou que “o Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor".

Por isso, alentou a abraçar a cruz de Cristo, pois nela “fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança".

Após sua reflexão, o Santo Padre foi até a entrada da Basílica de São Pedro, onde fez adoração ao Santíssimo Sacramento em silêncio por vários minutos, acompanhado por algumas autoridades do Vaticano, e depois presidiu algumas orações, como a súplica em ladainhas.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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