Vaticano, 26 de mai de 2020 às 14:30
O Papa Francisco saudou o Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e todo o país por ocasião do 210º aniversário pátrio celebrado em 25 de maio.
Através de uma carta emitida em 22 de maio, o Secretário do Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, enviou as "saudações e felicitações" do Santo Padre a "vossa excelência e a todos os filhos e filhas desse país".
"O Papa Francisco roga a Deus, através da intercessão de Nossa Senhora de Luján, que os abençoe e os sustente nas provações atuais e, particularmente, nestes momentos de dificuldades que toda a humanidade vive”.
Por sua vez, o Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Mario Aurelio Poli, presidiu um Te Deum, em 25 de maio, na Catedral Metropolitana, sem a presença dos fiéis nem das autoridades civis por ocasião das medidas sanitárias para impedir a COVID-19.
Em sua homilia, o Cardeal Poli lembrou que Deus é citado no Preâmbulo da Constituição Argentina e assegurou que "neste momento, onde a solidariedade, a hospitalidade e a irmandade voltam a surgir como valores que nos identificam, não deve haver espaço para especular nem monopolizar as necessidades do povo”.
"Também não há lugar para levar ao terreno das ideologias, posições partidárias ou interesses setoriais, já que se trata de decidir sobre a vida de todos os argentinos e, portanto, é necessário preservar a unidade", acrescentou.
Depois, o Cardeal Poli agradeceu "a todos os protagonistas daquele Maio inesquecível" que lhes permitiu estabelecer-se como nação e aos "homens e mulheres ousados dessa gesta transcendente" que "não hesitaram em levar os princípios revolucionários até as últimas consequências".
"Eles não só interpretaram o clamor popular da época, mas também pensaram em nós e nas novas gerações que viriam", assegurou o Purpurado.
Por último, o Cardeal Poli rezou a Deus "pelo honorável, diligente e estudioso povo argentino e por toda a grande família humana, que nessas horas sombrias enfrenta uma grande provação, na qual a saúde está ameaçada e a vida de todos corre perigo".
“Que o Deus da vida fortaleça e anime aqueles que cuidam de nós, dê consolo e esperança àqueles que estão passando pela provação, aos doentes, aos idosos e aos que estão sozinhos, especialmente aos pobres e necessitados que se encontram em condições de particular vulnerabilidade, inclusive em meio a dolorosos lutos".
"A Ele pedimos que não faltem as mãos amigas e cordiais dos bons samaritanos, para que estejam próximos, curem, apoiem, consolem e, se necessário, acompanhem com a oração e o carinho aos irmãos no momento de sua partida", concluiu o Arcebispo de Buenos Aires.
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O gesto tradicional de ação de graças foi acompanhado pelas autoridades dos diferentes credos religiosos e pelos bispos auxiliares de Buenos Aires, Dom Joaquín Sucunza, Dom Enrique Eguía Seguí e pelo reitor da catedral, Pe. Alejandro Russo.
A cerimônia foi transmitida pela TV para permitir o acompanhamento dos cidadãos, incluindo o presidente Fernández, da residência dos Olivos.
Por sua vez, o Bispo Militar da Argentina, Dom Santiago Olivera, juntou-se à saudação por ocasião da festa pátria e incentivou a renovar o compromisso de "trabalhar por uma pátria de irmãos, inclusiva, por defender a vida sempre desde o começo até o fim. Para que possamos, nestes tempos difíceis de pandemia, não desanimar e trabalhar em solidariedade, buscando o bem do outro”.
Os valores que sustentam essa pátria têm "origem em Deus e são fundamentos sólidos e verdadeiros, sobre os quais podemos avançar em direção a um projeto de nação que possibilite um desenvolvimento justo e solidário da Argentina", explicou Dom Olivera.
Nesse sentido, o Bispo Militar incentivou a renovar "com muita força os anseios de nossos fundadores" e a se valorizar "como filhos e irmãos em uma mesma pátria, na qual todos temos lugar e onde devemos construir e consolidar a autêntica amizade social”, sustentou Dom Olivera.
Em outras jurisdições eclesiásticas, repetiu-se o gesto do Te Deum, sob medidas sanitárias, por ocasião do 210º aniversário pátrio.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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