WASHINGTON DC, 28 de mai de 2020 às 11:31
Um novo vídeo do Center for Medical Progress (CMP) revelou testemunhos de 2019 de várias executivas e diretoras da multinacional de aborto Planned Parenthood (PP), admitindo sob juramento terem participado da venda ilegal de partes de bebês abortados.
Nos Estados Unidos, as leis estaduais e federais permitem apenas o processamento e o envio de tecido fetal. A venda de tecidos com fins de lucro é ilegal.
A investigação do CMP, que também conta com documentos que corroboram o que os funcionários disseram, foi publicada em um artigo da organização pró-vida norte-americana Live Action na terça-feira, 26 de maio.
A equipe pró-vida ressalta que as declarações das executivas "contradizem as afirmações anteriores da PP de que a corporação nunca participou da venda de partes abortadas de corpos de bebês e que simplesmente as doaram e receberam compensação pelas despesas".
No vídeo, são apresentadas várias declarações, entre as quais de Tram Nguyen, diretora sênior de Acesso ao Aborto da Planned Parenthood Gulf Coast; da Dra. Dorothy Furgerson, diretora médica da Planned Parenthood Mar Monte; e da Dra. Deborah Nucatola, ex-diretora sênior de Serviços Médicos para Planned Parenthood Federation of America.
Depois da publicação dos primeiros vídeos do CMP, em meados de 2015, nos quais se vê altos diretores da PP negociando órgãos e tecidos de fetos abortados com um valor entre 35 e 100 dólares, a organização abortista e seus sócios fizeram retaliações e denunciaram diante da justiça, com acusações falsas, a Live Action, assim como a David Daleiden e Sandra Merritt, os jornalistas que expuseram o caso.
Live Action recorda que a PP alegou que a lei federal nunca havia sido violada e que os vídeos das denúncias foram em grande parte manipulados e editados, uma acusação que foi refutada por análises forenses.
O novo vídeo divulgado por Live Action, nesta semana, informa sobre os "contratos de e-mail enviados à Planned Parenthood Gulf Coast", apesar de a própria organização ter assegurado "ao The New York Times que rejeitaram o acordo".
"Em um testemunho no vídeo de sua declaração sob juramento, Tram Nguyen aparece admitindo que, na realidade, tinha a intenção de seguir adiante com um acordo financeiro”, revela a organização pró-vida.
O vídeo, segundo informa Live Action, também questiona o argumento de que o dinheiro recebido não passou de um reembolso pelos custos que a PP teve.
"O testemunho revelou que o pagamento seria feito à Planned Parenthood somente se o StemExpress pudesse obter partes do corpo 'utilizáveis' de um de seus centros de aborto, o que significa que a Planned Parenthood enganou o público, quando afirmou que só arrecadava reembolsos pelo tempo e custos dos funcionários. Embora a lei permita reembolsos de custos específicos quando se doam órgãos fetais, esses reembolsos devem atender a diretrizes específicas: Devem ser taxas associadas ao transporte, processamento e outros custos semelhantes. A Planned Parenthood não fez nada disso, no entanto, arrecadaram dinheiro quando proporcionaram ao StemExpress partes do corpo comercializáveis”, revela.
Em alguns dos testemunhos apresentados no vídeo, é possível ouvir um advogado em segundo plano que repetidamente indica a sua cliente para não responder quando perguntada sobre quanto dinheiro a PP pode ter recebido pela venda de partes dos corpos de crianças abortadas, detalha Live Action.
No entanto, a organização pró-vida enfatiza que "as faturas mostram que alguns centros de Planned Parenthood receberam mais de 10 mil dólares em um único mês, prestando crédito às promessas anunciadas pela StemExpress de 'benefício financeiro' e 'recompensa tributária' para as instalações de aborto”.
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Outros documentos mostraram que as executivas de alto escalão na sede nacional da PP estavam cientes das vendas de partes do corpo.
"A executiva abortista Nucatola admitiu sob juramento que sabia que a PP em Los Angeles estava recebendo pagamentos por partes do corpo, mas alegou que nunca se preocupou em garantir que tudo fosse realizado legalmente", diz Live Action.
Nucatola é a pessoa que protagoniza o primeiro vídeo lançado pelo CMP. Nele, reconhece que disse algumas vezes ao comprador: “Você me dirá que quer o cérebro, e nós, você sabe, deixaremos a calvária (parte superior do crânio) dentro até o final e, então, realmente, sabe, recolher tudo e inclusive mantê-lo separado do resto do tecido para que assim não se perca”.
Outra das executivas que aparecem dando testemunho sob juramento, Dra. Mary Gatter, já havia aparecido em um vídeo de 2015 do CMP negociando a venda de órgãos e tecidos de bebês abortados nas instalações da PP e dizendo que queria em troca uma “Lamborghini”.
Em sua declaração jurada, explica Live Action, "Gatter admitiu ter estabelecido um acordo comercial com a empresa de coleta de tecidos fetais e com fins lucrativos, Novogenix".
As empresas atacadistas de tecidos fetais abortados que operam continuamente nos Estados Unidos, StemExpress e Advanced Bioscience Resources (ABR) ainda estão em funcionamento.
“ABR ainda está trabalhando com a Planned Parenthood of the Pacific Southwest para obter partes do corpo abortadas para os pesquisadores. E, embora os funcionários da Planned Parenthood admitam sob juramento que agiram mal, os jornalistas que descobriram seu comportamento ilegal continuam sendo investigados pelas autoridades, permitindo assim que a Planned Parenthood continue seu esquema sem repercussões”, denunciou Live Action, em defesa de CMP.
Em um comunicado à imprensa, David Daleiden, líder da equipe de investigação do CMP, disse que "chegou a hora das consequências federais para a Planned Parenthood".
"Planned Parenthood mentiu ao público e ao Congresso, mas já não há mais nenhuma dúvida razoável de que a Planned Parenthood vendeu partes do corpo fetal, comercializando crianças vivas no útero e tratando as mulheres grávidas como uma colheita comercial. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos deve elevar a aplicação das leis contra o tráfico fetal ao mais alto nível de prioridade”, denunciou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) May 22, 2020