Depois do fechamento devido à pandemia da COVID-19, o Vaticano anunciou que a Biblioteca Apostólica e os arquivos vaticanos reabrirão suas portas aos pesquisadores.

A partir de 1º de junho, os estudiosos que realizam pesquisas nos arquivos vaticanos e na Biblioteca Pontifícia poderão ter acesso realizando sua reserva no site e respeitando o regulamento marcado pelas normas de segurança de saúde a fim de evitar contágios de coronavírus.

Há vários anos, essas duas entidades da Santa Sé começaram com um árduo processo de digitalização de manuscritos e documentos reservados em diferentes ramos.

Recentemente, o caso que teve maior relevância na mídia foi relacionado ao pontificado de Pio XII e seu papel durante a Segunda Guerra Mundial.

No entanto, existem muitas outras áreas de estudo na Biblioteca e nos arquivos vaticanos. É o caso dos numerosos sacerdotes, religiosos e leigos que realizam estudos de doutorado no âmbito dos materiais eclesiais, como é o caso da Teologia Bíblica e com alguns sacerdotes espanhóis em Roma.

Nesse sentido, o bibliotecário e arquivista do Vaticano, Cardeal José Tolentino de Mendoça, afirmou que “a memória é uma dimensão importante comum para as religiões bíblicas” e deu como exemplo o Sacramento da Eucaristia, ouvindo ('Shemá', escuta Israel), que é "a oração central da liturgia judaica, apresenta a memória como uma condição essencial da santidade".

Por fim, o Purpurado português assinala em um artigo de L'Osservatore Romano que as três dimensões centrais para um serviço adequado à missão são "escuta, abertura ao futuro, compromisso ativo".

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"Sabe bem disso quem está a serviço de uma biblioteca ou arquivo, lugares de coleta, custódia e transmissão daquele recurso imprescindível para a memória coletiva que é a testemunha escrita".

Por fim, o Cardeal José Tolentino de Mendoça indicou que "ouvir como um serviço à memória, abertura ao futuro como um exercício concreto de esperança, compromisso ativo como responsabilidade, são esses os princípios que nos permitem encontrar-nos com confiança recíproca e fraternidade autêntica" na verdade.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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