BUENOS AIRES, 6 de jul de 2004 às 15:31
Enquanto cresce a tensão frente à possível nomeação da juíza abertamente abortista Carmen Argibay para o Supremo Tribunal de Justicia argentino, o Presidente Néstor Kirchner enviou uma nota ao Vaticano garantindo que o aborto continuará sendo ilegal durante seu mandato.
Segundo fontes da imprensa argentina, na semana passada o Chefe de Estado argentino aproveitou a visita do engenheiro Juan Carlos Blumberg para voltar a expressar suas convicções sobre o tema.
Juan Carlos Blumberg é um argentino que alcançou grande popularidade no país após lançar a campanha “Axel Blumberg” –em honra de seu filho seqüestrado- para acabar com a praga dos seqüestros.
Blumberg, por gestão da Igreja Católica, visitou recentemente o Vaticano e em 1º de julho teve a oportunidade de cumprimentar pessoalmente o Papa João Paulo II.
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“O presidente Kirchner e sua esposa, Cristina Fernández, têm uma opinião decididamente contrária ao aborto”, teria dito Blumberg ao substituto do secretário de Estado do Vaticano, o argentino Dom Leonardo Sandri.
Blumberg também teria dito que “o Presidente pediu-me que lhe transmitisse que a lei argentina penaliza a prática do aborto e que essa lei, enquanto seja ele Presidente, não será modificada”.
Segundo a imprensa argentina, Kirchner recebeu Blumberg um dia antes de que este partira à Europa. Nesse encontro, o pai do desaparecido Axel expressou a preocupação que havia recebido por parte de membros de diversas religiões pelo eventual ingresso da abortista Argibay ao Superior Tribunal; a raíz de sua militância abortista.
As organizações pró-vida argentinas, entretanto, consideram que as seguranças dadas por Kirchner não são suficientes, pois Argibay continuará no Superior Tribunal–se receber os votos nesta quarta-feira- depois da saída do atual presidente do governo.