NOVA IORQUE, 2 de jun de 2020 às 07:00
No fim de semana, desconhecidos picharam a Catedral de São Patrício, em Nova York (Estados Unidos), após a morte do afro-americano George Floyd em Minneapolis.
#GeorgeFloyd rioters spraying graffiti on St Patrick's cathedral in New York city. pic.twitter.com/cJiFLf01BS
— Jack Dawkins (@DawkinsReturns) May 31, 2020
Segundo informa o New York Post, desconhecidos fizeram pichações com insultos e algumas frases como “No justice no Peace” (Sem justiça não há paz) e “BLM” (Black Lives Matter – As vidas negras importam) e também escreveram o nome de Floyd.
Acredita-se que as pichações tenham sido feitas por volta das 18h30 do sábado, 30 de maio, em meio aos protestos na cidade pela morte de Floyd. A polícia no local preferiu não comentar o que aconteceu.
Embora a Arquidiocese de Nova York ainda não tenha se pronunciado sobre a pichação, somou-se a uma declaração inter-religiosa sobre a morte de Floyd, publicada no domingo, 31 de maio.
“Esse tratamento desumano de um ser humano requer uma resposta coletiva de todas as pessoas de consciência. A busca pela justiça é fundamental em nossas tradições religiosas e é por isso que declaramos juntos que toda vida é sagrada e que todas as pessoas são iguais perante a lei em uma sociedade democrática”, indica o texto assinado pelo Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York; e pelos membros da Comissão de Líderes Religiosos (CORL).
Na declaração, os líderes oferecem suas orações de cura e expressam seu respeito por aqueles que querem honrar a memória de Floyd. Além disso, recordaram que a família da vítima indicou que "a violência distrai a força da nossa voz coletiva".
O texto também destaca que "precisamos pensar seriamente e agir com firmeza enquanto trabalhamos em conjunto com todos os membros da nossa comunidade para encontrar a cura para o ódio humano".
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Vários vídeos mostram que, em 25 de maio, um grupo de policiais de Minneapolis prendeu e agrediu Floyd, um afro-americano de 46 anos, acusando-o de ter usado uma nota falsa de 20 dólares em uma loja local e de resistir à autoridade.
Um dos agentes, que atualmente está preso e acusado de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo (involuntário), manteve seus joelhos por vários minutos no pescoço de Floyd. O homem perdeu a consciência e foi levado por paramédicos a um hospital, onde foi declarado morto.
Em 26 de maio, os quatro policiais envolvidos foram demitidos e estão sob investigação do FBI.
Os protestos deixaram dezenas de feridos e mortos, incluindo um policial e dois manifestantes.
Em um esforço para conter os protestos, foram decretados toques de recolher em mais de 20 cidades dos Estados Unidos, enquanto a Guarda Nacional foi implantada em mais de uma dúzia de estados e em Washington, DC.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) June 1, 2020