REDAÇÃO CENTRAL, 6 de jun de 2020 às 06:00
"Tudo em honra a Jesus, mas por meio de Maria. Tudo por Maria, para levar a Jesus”, dizia São Marcelino Champagnat, fundador dos Irmãos Maristas, cuja festa é celebrada todo dia 6 de junho.
São Marcelino nasceu em 1789 em uma família francesa e muito cristã que passou dificuldades com a revolução. Sua mãe o consagrou a Nossa Senhora e sua tia lia para ele a vida dos santos.
Cresceu sem frequentar a escola, mas se formou com leituras caseiras no amor pela fé. Em sua infância, aprendeu a profissão de pedreiro e sua habilidade nos negócios para a venda de cordeiros lhe ajudou a pagar seus estudos depois.
Mais tarde, ingressou em um seminário menor perto de sua cidade. Embora tenha achado difícil aprender as matérias, a ponto de quase ser expulso do lugar, seu bom comportamento e o apoio de bons amigos permitiram que ele continuasse.
Um de seus companheiros, que também tinha problemas no estudo, foi o futuro São João Maria Vianney, também conhecido como o Santo Cura de Ars.
São Marcelino foi ordenado sacerdote em 1816. Foi enviado como vigário de um sacerdote idoso em uma cidade onde as pessoas desperdiçavam seu tempo em bebedeiras e festas; mas o santo incentivou tanto os jovens a aprenderem as coisas de Deus, que os meninos chegavam à igreja antes das seis da manhã para a catequese.
Em uma de suas visitas ao Santuário Mariano de la Fourvière, São Marcelino recebeu a inspiração de fundar uma congregação religiosa dedicada a ensinar o catecismo. Naquela época, conheceu um jovem doente, sem preparação na fé. Ajudou-o a morrer em paz e procurou companheiros para começar a obra educativa.
Em 2 de janeiro de 1817, começou a nova comunidade de Irmãos Maristas, a quem o santo instruiu com grande dedicação, enviando-os para diversas paróquias como professores de religião e catequistas, enquanto chegavam novos aspirantes.
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Dentro do método que utilizava na formação estavam a caridade, o canto e a participação ativa dos alunos. Estavam rotundamente proibidos o trato humilhante e os castigos físicos e deprimentes. Outra essência de sua pedagogia era o amor a Maria.
“Nossa Comunidade pertence inteiramente a Nossa Senhora, a Mãe de Deus. Nossas atividades devem estar dirigidas a fazê-la amar, estimar e glorificar. Ensinemos sua devoção aos nossos jovens, e assim os conduziremos mais facilmente a Jesus Cristo”, dizia São Marcelino aos seus religiosos.
O fundador dos Irmãos Maristas faleceu em 6 de junho de 1840, quando tinha apenas 51 anos, depois de sofrer muito de gastrite aguda e de câncer no estômago que causou sua morte. Seu trabalho educacional se expandiu em muitos países.
Foi canonizado em 1999 por São João Paulo II, que enfatizou que “São Marcelino anunciava o Evangelho com coração totalmente ardente. Foi sensível às necessidades espirituais e educativas da sua época, sobretudo a ignorância religiosa e as situações de abandono vividas em particular pela juventude”.
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