O Papa Francisco nomeou como novo secretário da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) ao auditor, contador público e formado em Economia e Comércio, Fabio Gasperini.

Segundo informou a sala de imprensa da Santa Sé, em 15 de junho, o Sr. Gasperini tem "mais de 25 anos de experiência em serviços de consultoria e auditoria nas principais instituições financeiras: bancos, seguradoras, empresas de gestão de ativos, sociedades de intermediação imobiliária e empresas financeiras”.

Fabio Gasperini tem 58 anos, nasceu na capital italiana em 17 de outubro de 1961, e atualmente é presidente do Conselho de Administração de estúdio de consultoria, membro do Comitê Executivo de Advisory Service (EMEIA) e da Associação Italiana de Auditores Internos (AIIA); chefe europeu do setor de Bancos e Mercados de Capitais e chefe italiano de Advisory Services para o setor financeiro.

A Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) é o escritório da Cúria Romana responsável pelos bens imobiliários da Santa Sé e sua administração, com o fim de proporcionar os fundos necessários para o trabalho da Cúria Romana.

Desde junho de 2018, o atual presidente da APSA é Dom Nunzio Galantino, Secretário-Geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Dom Galantino substituiu neste cargo o Cardeal Domenico Calcagno, que apresentou sua renúncia por motivos de idade.

Nova legislação para o Estado da Cidade do Vaticano e a Santa Sé

Por sua vez, o Papa Francisco escreveu recentemente uma carta apostólica na forma de "Motu Proprio" sobre transparência, controle e concorrência no âmbito econômico.

Junto com esta carta apostólica na forma de "Motu Proprio", promulgada em 1º de junho de 2020, o Santo Padre aprovou uma nova legislação que será aplicável a todos os procedimentos relacionados ao Estado da Cidade do Vaticano e à Santa Sé que entrará em vigor 30 dias após a promulgação que ocorreu com a publicação no site do L'Osservatore Romano.

Foram dois documentos legislativos relevantes no campo econômico. Em primeiro lugar, umas normas “sobre a transparência, controle e concorrência dos contratos públicos da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano” compostas por 86 artigos. E outro documento composto por 12 artigos para a “tutela jurisdicional em matéria de transparência, controle e concorrência dos contratos públicos para a Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”.

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Esses documentos são o “fruto de um trabalho sinérgico coordenado pela Secretaria de Estado, entre vários entes da Cúria Romana, entre os quais: o Conselho para a Economia, a Secretaria para a Economia, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) e a Governadoria do Estado da Cidade do Vaticano”, informou uma declaração de 1º de junho da sala de imprensa da Santa Sé.

Nesta linha, a nota oficial vaticana destacou que “é um código único que supera a regulação que atualmente está em vigor em algumas realidades individuais e se aplica a todas as entidades que se referem à a Santa Sé e ao Estado da Cidade do Vaticano”.

Por fim, a sala de imprensa da Santa Sé apontou que "o princípio reitor do novo texto é a diligência do bom pai de família, que deseja uma gestão eficaz e ética de seus recursos, que ao mesmo tempo favoreça a transparência, o controle e o trato equitativo da competência real entre quem deseja estabelecer uma relação econômica com os organismos interessados”.

Em 2016, o Papa Francisco publicou um Motu Proprio sobre algumas competências em matéria econômico-financeira da Santa Sé, a fim de continuar no caminho da transparência e controle da administração dos bens do Vaticano.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz. 

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