A multinacional e principal provedora de abortos nos Estados Unidos, Planned Parenthood, anunciou na segunda-feira, 15 de junho, que respaldará oficialmente a candidatura presidencial de Joe Biden, do Partido Democrata.

Em um comunicado, o presidente e CEO interino da organização, Alexis McGill Johnson, descreveu a eleição presidencial, de 3 de novembro de 2020, como "uma luta pela sobrevivência de nosso país".

"Vemos que o Governo Trump nos desumaniza e desconsidera nossa saúde, nossos direitos e nossas vidas. Trump atacou o acesso ao aborto e ao cuidado de saúde reprodutiva e atacou as pessoas atendidas pelos centros de saúde da Planned Parenthood: mulheres, negros, imigrantes, comunidade LGBTQ + e muito mais”, escreve McGill Johnson.

 

Biden - continua o comunicado - foi "instrumental na criação da Lei de Proteção e Cuidado Acessível ao Paciente [N.do E.: Obamacare], que ampliou o controle da natalidade sem coparticipação para 63 milhões de mulheres e ajudou a garantir que o os serviços de saúde sexual e reprodutiva estivessem acessíveis em todo o país”.

Também indica que o candidato democrata "se comprometeu a defender o acesso aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o acesso ao aborto".

"Donald Trump é perigoso. Temos que fazer todo o possível para removê-lo do cargo em novembro (...). Para nós e para muitos, a escolha é clara. Planned Parenthood Action Fund está apoiando Joe Biden como presidente", conclui o comunicado.

Em janeiro de 2020, a Planned Parenthood anunciou que triplicará seus gastos eleitorais com 45 milhões de dólares para apoiar candidatos à presidência, ao congresso e ao estado que sejam a favor do aborto, nas eleições de 2020, nos Estados Unidos.

Biden, que foi vice-presidente dos Estados Unidos durante os dois mandatos de Barack Obama, é um defensor da Planned Parenthood. De acordo com o site pró-vida Live Action, se chegar à presidência, revogaria a Emenda Hyde, uma emenda ao orçamento anual desde 1976 que proíbe que os dólares dos impostos federais paguem pelos abortos, exceto em casos de estupro, incesto, ou quando se considere necessário salvar a vida da mãe.

Também planeja "codificar o 'direito' ao aborto na lei federal e aumentar o financiamento dos contribuintes para as organizações de aborto, incluindo a Planned Parenthood", informa Live Action.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Marjorie Dannenfelser, co-presidente nacional de ProLife Voices para Donald Trump, disse que "Joe Biden passou toda a sua campanha agradando o lobby do aborto radical" e que "seu apoio à Planned Parenthood, a maior empresa de aborto do país, não é uma surpresa".

A organização pró-vida, Susan B. Anthony List, também criticou o apoio da Planned Parenthood.

Quando Joe Biden derrubou a Emenda Hyde, a capitulação do Partido Democrata ao extremismo foi completa. Agora, apoia o aborto financiado pelos contribuintes até o momento do nascimento e promete preencher a Suprema Corte com juízes pró-aborto”, indicou.

"Planned Parenthood assinalou que esta eleição é sobre 'vida e morte'. Estamos de acordo neste ponto: a vida de inúmeras crianças está em risco. Por esse motivo, é imperativo reeleger o presidente Trump, o presidente mais pró-vida que nosso país já viu, e garantir uma sólida maioria pró-vida no Senado dos Estados Unidos. A equipe de campo de Susan B. Anthony List está trabalhando incansavelmente para alcançar quatro milhões de eleitores do estado no campo de batalha, incluindo os independentes e democratas pró-vidas que não concordam com a postura extrema do partido, para expor profundamente a agenda impopular de Biden e derrotar extremistas do aborto nas urnas", conclui o grupo.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Confira também: