O Vaticano apresentou nesta quinta-feira, 18 de junho, o documento “A caminho dos cuidados da casa comum. Cinco anos depois da Laudato si'”, com uma série de orientações sobre a leitura da encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum.

Durante a apresentação, o Secretário para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, Dom Paul Gallagher, explicou que este texto não pretende "duplicar a Laudato si" e assinalou uma série de objetivos.

Um primeiro objetivo seria "relançar a riqueza do conteúdo de uma encíclica que, embora tenha acabado de completar cinco anos, continua sendo de grande atualidade, como o demonstra ainda mais a situação mundial provocada pela pandemia de Covid-19”.

Do mesmo modo, "oferecer orientações sobre a leitura da encíclica, promovendo os elementos operacionais que surjam de suas reflexões e minimizando o risco de mal-entendidos".

Por último, "fomentar a colaboração entre os dicastérios da Cúria Romana e as instituições católicas que participam na divulgação e aplicação da Laudato si', valorizando ao máximo suas numerosas sinergias".

Também enfatizou que o livro é "o fruto do trabalho colegial de numerosas entidades que trabalham dentro da Santa Sé e da Igreja Católica".

O livro tenta oferecer ao leitor “respostas para uma pergunta que aparece na conclusão do texto: 'E nós, o que devemos fazer?'. Ajustando-se à abordagem da Laudato si’, levando em consideração uma ampla gama de situações que variam desde a vida cotidiana da economia nacional até as consequências para a comunidade internacional”.

No documento apresentado hoje, afirma-se, nas conclusões, que "as igrejas particulares são chamadas a dar um bom exemplo de coerência com o que é indicado na Laudato si'".

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“Iniciativas de educação e de formação em ecologia integral, de reciclagem e de gerenciamento de resíduos, de uso de meios de transporte menos poluentes, de consumo crítico e circular, de melhores sistemas de isolamento para edifícios, de eficiência energética, de investimento ético, de abolição dos plásticos descartáveis ​​e cuidados com os espaços verdes”.

Por outro lado, embora o documento tenha sido concluído antes da pandemia de coronavírus, a introdução reflete sobre a relação entre a crise de saúde e a crise ecológica.

Afirma que "o mundo está abalado pela crise causada pela pandemia da COVID 19, o vírus que causou milhares de vítimas e está mudando nosso estilo de vida, colocando em risco os sistemas econômicos da sociedade".

"A emergência sanitária, a solidão, o isolamento como consequência das medidas para combater o contágio, nos colocaram inesperadamente diante de nossa fragilidade como criaturas finitas e nos levam a descobrir aquilo que é essencial em nossas vidas”, afirma o documento apresentado hoje.

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