ROMA, 13 de set de 2005 às 14:05
O porta-voz de Assuntos Exteriores chinês, Qin Gang, confirmou que seu governo negou permissão de viagem aos quatro prelados convidados pelo Papa Bento XVI a participar do próximo Sínodo de Bispos e expressou as três “condições” da China para normalizar suas relações com a Santa Sé.
“Deve-se que cumprir três premissas: o Vaticano tem que romper seus laços diplomáticos com o Taiwan, reconhecer a China como estado com legítima soberania e não interferir nos assuntos internos do país”, assinalou Gang.
O Santo Padre convidou a três bispos que pertencem à Associação Patriótica Católica –controlada pelo governo– e um à Igreja clandestina –fiel ao Vaticano–. Os nomes se publicaram a semana passada como parte da relação de convidados de todo o mundo.
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Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, o governo teria negado a permissão aos pastores antes que o convite se fizesse pública.
Os bispos “patrióticos” convidados pela Santa Sé ao Sínodo dos Bispos são Antonio Li Duan, Arcebispo de Xian, Jin Luxian, Bispo de Shanghai e Luca Li Jungfeng, Bispo de Fengxiang (província do Shaanxi). Além disso, estava convidado Dom Giuseppe Wei Jingyi, Bispo de Qiqihar, província de Heilongjiang, da Igreja clandestina.
Em 1998 o governo comunista negou permissão de viagem a dois bispos "patrióticos" convidados por João Paulo II para participar do Sínodo da Ásia.