MEXICO D.F., 13 de set de 2005 às 14:07
O Bispo de León e Presidente da Conferência Episcopal Mexicana, Dom José Guadalupe Martín Rábago, assinalou que o México necessita governantes "que saibam ser solidários com um povo empobrecido, para não distribuir de maneira desproporcionada os recursos levando-se a fatia maior enquanto há tantos que vivem situações de verdadeira pobreza".
O Presidente da CEM destacou que o país necessita pessoas "comprometidas honestamente para ajudar a criar um ambiente que nos permita melhorar as condições econômicas em que se vive. Nesse sentido, favorecer o crescimento econômico para ter uma maior quantidade de empregos e melhor remunerados".
Em opinião do Prelado fazem falta servidores públicos que "tenham sensibilidade para viver com austeridade. A palavra serviço significa entender a política como uma maneira de colocar o bem comum por cima do bem particular ou do pequeno grupinho. E isto na história do exercício político do país não o alcançamos totalmente".
Por sua parte, o Arcebispo de México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, precisou que o direito canônico lhes impede apoiar a candidatos ou partidos políticos, mas não por isso deixará de opinar a respeito.
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Durante sua homilia da Missa dominical, o Cardeal Rivera indicou que “nos tocou viver em uma civilização tão dura que às vezes a gente pensa que já seria muito que cumpríssemos a lei do talião, a que proibe vingar-se além do mal recebido. Nossa época foi testemunha de guerras mundiais, de inumeráveis conflitos civis, de contínuas guerras regionais e de uma violência social onde a crueldade e a barbárie parecem não ter limites".
Logo depois da Missa, o Cardeal afirmou que os bispos católicos "não entraremos nunca a políticas de partido, mas entraremos em formar a consciência, a ajudar para que o México progrida".
De igual modo, o jornal da Arquidiocese de México, Desde a Fé, em seu editorial, considerou que a desconfiança cidadã para os políticos cresce, o qual pode "traduzir-se em abstencionismo, desinteresse (sic) e falta de participação dos eleitores”.
Também ressaltou quão reprovável é que a política seja uma "atividade de briguentos, que passa o mau exemplo para todos, passando por cima as leis e deixando fluir recursos de duvidosa origem" para impulsionar imensas campanhas "para fins tão efêmeros" como eleger candidatos presidenciais dos partidos políticos.