JERUSALÉM, 24 de jun de 2020 às 15:30
Os cristãos da Terra Santa enfrentam uma segunda onda da pandemia de coronavírus, que, desde o início, causou graves danos econômicos a uma população que já estava se esforçando para se desenvolver devido ao conflito entre palestinos e israelenses.
Agora, com a suspensão das peregrinações para evitar uma maior disseminação do vírus, a situação de muitas famílias cristãs, cuja economia dependia do fluxo de cristãos procedentes de todo o mundo, piorou.
Em declarações à EWTN e à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o Cardeal Fernando Filoni, Grão-Mestre da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, assinalou que “todas as famílias, todas as atividades estão em crise. Portanto, as notícias que indicam que poderia haver um retrocesso em relação à COVID-19 estão gerando uma grande preocupação.
Nesse sentido, expressou sua confiança em que as autoridades sejam capazes de deter a tempo o novo surto da pandemia “e que as peregrinações sejam retomadas o mais rápido possível”, já que, em grande medida, o futuro das comunidades cristãs na Terra Santa depende delas.
No entanto, o Grão-Mestre explicou que a Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém está fazendo grandes esforços para ajudar as famílias cristãs, para as quais abriu um fundo extraordinário de ajuda financeira.
“A Ordem, que tem uma grande responsabilidade de contribuir para a vida da Igreja na Terra Santa, já havia estabelecido um fundo para necessidades gerais, mas devido à COVID-19, que criou inúmeras dificuldades que não esperávamos, e levando em consideração que muitos membros estavam se perguntando 'o que vamos fazer pela Terra Santa', abrimos um fundo para que quem quiser participar generosamente possa fornecer dinheiro adicional para ajudar as famílias de lá”, assinalou.
Trata-se de “um ato de generosidade, um ato de caridade com as famílias que não possuem renda. Sabemos que as famílias cristãs, às vezes, são pobres, e dar-lhes uma resposta também é uma maneira de se preocupar e também de assumir um pouco sua situação difícil”.
Da mesma forma, o Cardeal Filoni destacou o importante trabalho educacional e a convivência que a Igreja Católica realiza na Terra Santa, onde "temos 40 escolas, escolas de ensino médio e universitárias", escolas atualmente fechadas pela pandemia.
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Essas escolas, recordou o Cardeal italiano, estão abertas a toda a comunidade local, não apenas aos católicos, mas também aos cristãos de outras religiões, muçulmanos e judeus.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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