LONDRES, 6 de jul de 2004 às 19:16
Embora seja considerado um dos países mais “avançados” en matéria de “educação sexual”, um informe do jornal The Guardian constatou que na Inglaterra os casos de doenças sexualmente transmissíveis nos adolescentes continuam aumentando consideravelmente a cada ano.
O informe apresenta as declarações da doutora Emma Fox, diretora de uma clínica de “saúde sexual” para menores de 20 anos, que afirma que os casos de clamidia em adolescentes cresceram em 50 por cento em apenas três anos e 140 por cento em todas as idades desde 1996. “O uso do preservativo cresceu mas as relações sexuais ainda mais”, afirmaram especialistas.
Fox explicou que 15 por cento de seus jovens pacientes têm clamidia, uma infecção que pode ser assintomática e levar à infertilidade. Não obstante –acrescentou–, entre as mulheres, especialmente entre as menores de 20 anos, é comum também a gonorréia, que de 1992 a 2002 cresceu 106 por cento em todo o país.
Por sua vez, a sífilis aumentou 870 por cento desde 1992, segundo os laboratórios de Saúde Pública.
O jornal britânico declara que as pacientesa da doutora Fox são afortunadas “porque podem evitar as filas e listas de espera que atingem as clínicas de medicina genito-urinária de todo o país. Os serviços estão saturados”.
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“Faz falta muita coragem para vir a um destes centos e, se te dizem que venha em seis semanas, é provável que não volte”, explicou Jan Barlow, chefe executivo da rede de centros Brook de informação sexual.
“As pessoas praticam sexo em idades mais jovens que antes e há mais relações casuais e mais casais”, explica por sua vez o doutor Patrick French, que dirige o centro clínico Mortimer Market del University College de Londres.
“Aumentou o uso do preservativo, mas não tanto quanto as relações desprotegidas que as pessoas têm”, acrescentou o médico.