MADRI, 14 de set de 2005 às 18:18
Os professores de Religião expressaram aos parlamentários do Congresso dos Deputados da Espanha seu rechaço ao projeto da Lei Orgânica de Educação (LOE) que proximamente se debaterá
Em um documento remetido a todos os grupos parlamentários, a Associação Profissional de Professores de Religião
Do mesmo modo, a maior associação de professores de Religião da Escola Pública na Espanha, presente em todas as Comunidades Autônomas, lamentou que “nem sequer se nomeie a Religião como parte da currícula que se estudarão nas distintas etapas, também nos parece impróprio de uma lei educativa”. Diante disso, APPRECE manifestou sua expectativa de que “no trâmite parlamentário se corrijam estas ausências”.
Em nome da Junta Diretiva, o responsável por Informação e Comunicação da associação magisterial, Rafael Martín Gómez, pediu que o ensino da Religião não seja considerada somente uma conseqüência do Acordo assinado entre o Estado Espanhol e a Santa Sé, como propõe o atual projeto de LOE, mas sim do “cumprimento da Constituição Espanhola” pelo que “será de oferta obrigatória pelos centros”.
Mudança do estatuto do professorado
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Respeito à mudança do estatuto jurídico-trabalhista do professorado de Religião proposto no projeto, APPRECE o considerou “uma reconversão-demissão encobertos, não negociado com os representantes dos trabalhadores nem com a Igreja Católica”.
Um relatório anexo a seu comunicado se “centra nas negativas repercussões “que teria para os 17 mil professores de Religião a aprovação do projeto que determina o abandono por parte do Estado de suas responsabilidades trabalhistas respeito a seus trabalhadores e o transfere às entidades religiosas que, por sua parte, “unicamente têm a função de propor aos mais idôneos, propor o currículo e fiscalizar seu cumprimento”.
Segundo o relatório, a pretendida mudança do Governo no estatuto jurídico e trabalhista se faz “sem contar com os representantes desses trabalhadores, expulsando os da Administração, privatizando e tornando mais precária ainda milhares de postos de trabalho”.