JERUSALÉM, 24 de jul de 2020 às 10:30
O Parlamento de Israel aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que proibirá terapias para pessoas gays que querem abandonar o estilo de vida homossexual e viver como heterossexuais.
Segundo informa a agência AFP, os deputados votaram no projeto com uma margem estreita de 42 votos a favor e 36 contra. A iniciativa foi apresentada pelo deputado abertamente homossexual Nitsan Horowicz, do partido de esquerda Meretz.
O projeto afirma que um "psicólogo pode perder sua licença por um período de pelo menos cinco anos" se praticar "terapias de conversão". O documento ainda deve passar por outras três leituras antes de ser adotado.
As "terapias de conversão" são "degradantes e discriminatórias", estimou recentemente Victor Madrigal-Borloz, especialista independente da ONU, pedindo sua proibição mundial. "Quando são realizadas à força, também representam uma violação da proibição da tortura e dos maus-tratos", acrescentou.
Nos últimos dias, o tema das "terapias de conversão" esteve sobre a mesa, com uma iniciativa que busca proibi-las também na Cidade do México. Nesse caso, o que se pretende é que não existam ajudas para quem deseja deixar o estilo de vida homossexual.
Na Cidade do México, essa iniciativa é debatida junto com outra chamada "infância trans", promovida pelo deputado Temístocles Villanueva Ramos, do partido Morena, do presidente Andrés Manuel López Obrador, que busca permitir a "mudança de gênero" como procedimento administrativo e não através de um processo judicial.
Entre os requisitos da iniciativa estão que a criança ou adolescente a solicite "na companhia de pelo menos um dos pais ou responsáveis" e, em seguida, o menor deve se encontrar com um juiz em um ambiente que não seja "hostil" onde a criança possa expressar sua vontade.
A Frente Nacional pela Família expressou sua oposição a ambas as iniciativas e nesta quinta-feira, 23 de julho, realizou uma caravana no Congresso para expressar sua oposição novamente.
Em agosto de 2019, o famoso ex-ativista homossexual Luca Di Tolve, contou como ajuda pessoas com atração pelo mesmo sexo e que desejam mudar suas vidas.
O autor italiano do livro "Eu fui gay" contou sobre a atração que tinha pelo mesmo sexo desde que era adolescente, seus anos como um famoso ativista do lobby gay após ser eleito o primeiro Mister Gay da Itália, até a sua conversão ao catolicismo e a superação do déficit de identidade de gênero por meio de terapia de reintegração.
Hoje, Di Tolve e sua esposa Terry dirigem o grupo sem fins lucrativos Lot Group, através do qual compartilha sua história na Itália e no mundo.
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Em setembro de 2019, a Comunidade de Madri impôs uma multa de 20 mil euros à coach Elena Lorenzo por ajudar pessoas com atração pelo mesmo sexo, o que para as autoridades significa oferecer terapias para "curar a homossexualidade".
A multa foi imposta pela Lei de Proteção Integral contra LGTBIfobia, que estabelece como "infração muito grave" a "promoção e realização de terapias de aversão ou conversão com a finalidade de modificar a orientação sexual ou a identidade de gênero de uma pessoa".
Lorenzo disse que a sanção buscava "restringir" sua atividade como coach, “estrangular a liberdade da pessoa homossexual" e obrigá-la a "negar ajuda às pessoas que a solicitam".
Em janeiro deste ano, Elena Lorenzo lançou um curso on-line intitulado “Caminho à heterossexualidade”, para quem, exercendo sua liberdade pessoal, deseja acompanhamento e coach de identidade.
Este itinerário on-line é composto por 28 vídeos, material de texto complementar e busca ser um "acompanhamento estruturado, baseado no respeito e na liberdade que trata a pessoa como um todo e de forma integral".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) April 1, 2019