BOGOTÁ, 7 de jul de 2004 às 12:41
Dom Julio César Vidal, Bispo de Montería, afirmou durante a primeira jornada da Assembléia da Conferência Episcopal Colombiana, que o processo de incorporação dos paramilitares das “Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) não deve abrir a porta a “limpeza” dos narcotraficantes.
“Se há narcotraficantes puros, quer dizer que só estão buscando o processo para limpar-se, não cabe dúvida de que a lista deveria ser depurada, disse o Prelado, ao falar em nome do episcopado, cujos representantes vêm agindo como intermediários entre o governo do Presidente Álvaro Uribe e as AUC.
As AUC iniciaram na semana passada negociações formais para desmobilizar mais de 13.000 combatentes.
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O jornal “El Tiempo” de Bogotá revelou no domingo que dois supostos comandantes paramilitares, “Pablo Mejía” e “Gabriel Galindo”, seriam na realidade os narcotraficantes Víctor Manuel Mejía Múnera e Francisco Javier Zuluaga Lindo, respectivamente. Ambos personagens são requeridos em extradição pelas autoridades norte-americanas.
Os vínculos das AUC com o narcotráfico são um dos principais obstáculos indicados pelas autoridades eclesiais. A esse respeito, Dom Vidal expressou seu desejo de que “as pessoas que estão chamadas a verificar esses acontecimentos, vão descobrindo realmente quem é quem e vão apresentando ao país e aos organismos nacionais e internacionais quem realmente deve estar nessa mesa de diálogo entre as autodefesas e o governo”.