MANÁGUA, 6 de ago de 2020 às 13:00
O Arcebispo de Manágua (Nicarágua), Cardeal Leopoldo Brenes, celebrou uma Missa, na quarta-feira, na entrada da Capela do Sangue de Cristo, da Catedral Metropolitana, que foi atacada com uma bomba Molotov, em 31 de julho.
A Eucaristia foi celebrada junto com um pequeno grupo de sacerdotes e religiosos. Atrás do Cardeal estava a imagem do Cristo crucificado que foi carbonizada pelo ataque; da mesma forma, o rosto que se desprendeu da imagem foi mostrado durante a Missa.
"A Igreja sempre sofreu e continuará sofrendo, mas a segurança é que o Senhor nos acompanha", afirmou o Cardeal, lembrando o ataque de 31 de julho, que descreveu como um "ato de terrorismo".
O Arcebispo de Manágua indicou que, embora exista "uma atmosfera de tristeza e dor, [...] porque nossos sentimentos deste pesadelo é quando vamos acordar?", incentivou a nos agarrar "à cruz, porque se estamos agarrados à cruz quem poderá nos separar do amor de Deus”.
O Purpurado se referiu à imagem de Jesus crucificado e disse que "vemos o nosso sangue de Cristo queimado, mas de pé".
“A imagem e a cruz resistiram às forças das chamas como um testemunho para nós de que a cruz não se vence tão facilmente, a cruz não se destrói tão facilmente. Por isso, hoje incentivo vocês a se agarrarem à cruz, ao pé da cruz como Maria e aquele pequeno grupo que lhe acompanhava”, expressou.
Em declarações divulgadas em 4 de agosto, o Vigário-Geral da Arquidiocese de Manágua, Mons. Carlos Avilés, afirmou à EWTN Notícias que não se sabe especificamente quem foi o responsável pelo ataque, “mas já tivemos vários atos de vandalismo em outras capelas recentemente, o que indica que existe um plano orquestrado".
Um desses ataques foi realizado contra a capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no município de Nindirí, em Masaya, na quarta-feira, 29 de julho. Os desconhecidos roubaram a custódia e o cibório, quebraram imagens, pisotearam as hóstias e fizeram outros estragos.
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Mons. Avilés assinalou que "os únicos que ameaçaram foi o Governo, eles falaram publicamente contra os bispos, que são 'terroristas', que são 'golpistas' e criticam a Igreja".
"Denunciamos a nível nacional e internacional a ação irracional do Governo de reprimir violentamente e de não aproveitar a ajuda humanitária que a Igreja oferece”, indicou.
O Vigário-Geral disse que “há uma perseguição declarada, uma perseguição aberta contra a Igreja", que se reflete claramente em atos como a presença da polícia nos templos para registrar as placas dos carros das pessoas que participam da Missa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) August 5, 2020