Por ocasião do 75º aniversário da explosão da bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, o Papa Francisco exortou as nações a renunciarem às armas nucleares.

"Nunca esteve tão claro que, para que a paz floresça todos devem depor suas armas, sobretudo as mais poderosas e destruidoras, como as armas nucleares, que podem paralisar e destruir cidades, países inteiros", afirmou o Santo Padre em uma mensagem enviada nesta quinta-feira, 6 de agosto, ao governador da província de Hiroshima.

 

Em sua mensagem, o Pontífice cumprimentou "de uma maneira especial, os Hibakusha” termo japonês para se referir aos sobreviventes da tragédia original.

Recordou que “tive o privilégio de ir pessoalmente às cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante minha visita apostólica em novembro do ano passado, em que visitei o Memorial da Paz de Hiroshima e o Parque Hipocentro de Nagasaki onde meditei sobre a aniquilação da vida humana e a destruição que ocorreu nessas duas cidades durante os terríveis dias da guerra, três quartos de século atrás".

Assegurou que “como peregrino da paz”, “continuo carregando em meu coração o desejo dos povos de nosso tempo, especialmente dos jovens, que têm sede de paz e fazem sacrifícios pela paz. Eu também carrego o grito dos pobres, que estão sempre entre as primeiras vítimas da violência e dos conflitos”.

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Por fim, pediu "que as vozes proféticas dos sobreviventes hibakusha de Hiroshima e Nagasaki continuem servindo como um aviso para nós e para as gerações futuras".

A Força Aérea dos EUA lançou duas bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945 para forçar a rendição do Japão e acelerar o fim da Segunda Guerra Mundial após a derrota da Alemanha nazista.

Como resultado do ataque, 246 mil pessoas morreram indiscriminadamente, metade no momento da explosão da bomba e o restante nas semanas seguintes, como resultado da radiação.

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