MADRI, 7 de jul de 2004 às 13:26
O Arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Cardeal Antonio Maria Rouco Varela, reivindicou a vigência da Constituição espanhola como "ponto de referência nas relações da Igreja Católica com o Estado".
O Purpurado realizou estas manifestações durante sua conferência no curso Igreja, Sociedade e Política na Espanha do Século XXI, celebrado em Aranjuez no marco dos Cursos de Verão da Fundação Universidade Rei Juan Carlos.
Sobre o possível financiamento das atividades religiosas de outras confissões, o Cardeal Rouco apostou "pela estabilidade institucional" entre os poderes públicos e a Igreja e indicou que o direitos à liberdade religiosa "não deve estar delimitado ao âmbito privado, mas deve ser um direito protegido e promovido pelo Estado, tenndo-se em conta que a sociedade espanhola se considera majoritáriamente católica".
De igual modo, insistiu na importância da formação religiosa avaliável nas escolas, "lugar onde se define a personalidade do ser humano". "A concepção da escola como patrimônio exclusivo do político não é aceitável, mas também é patrimônio da sociedade e da família", disse.
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Constituição Européia
Em outro momento de sua exposição, o presidente da CEE valorizou positivamente a inclusão na futura Constituição européia de cinco artigos que "definem a liberdade religiosa, incorporam o diálogo como método de comunicação com as diversas confissões, admitem a autonomia dos Estados da União neste aspecto e contemplam o sistema vigente na maioria dos mesmos".
Entretanto, o Purpurado criticou que o texto constitucional da União "não faça menção às raízes cristãs da Europa" e que não especifique "em que momento começa o direito à vida reconhecido na mesma", em alusão ao aborto.