Vaticano, 11 de ago de 2020 às 08:30
O Papa Francisco batizou as duas meninas, gêmeas siamesas unidas pela cabeça, recentemente separadas com sucesso no Hospital Bambino Gesù durante uma operação complexa.
Ervina e Prefina, as irmãs de dois anos nascidas na aldeia de Mbaiki, perto de Bangui, capital da República Centro-Africana, receberam o batismo pelas mãos do Pontífice na última quinta-feira, 7 de agosto, na capela da Casa Santa Marta.
A assessoria de imprensa do Hospital comunicou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que foi uma cerimônia “privada e reservada”. No entanto, a notícia do batismo presidido pelo Santo Padre surgiu após a publicação de uma mensagem no perfil oficial do Twitter da ex-ministra da Comunicação da República Centro-Africana, Antoinette Montaigne.
“A mãe expressou o desejo deste batismo e escreveu uma carta ao Santo Padre, que aceitou o pedido. Junto com a mãe estiveram presentes na cerimônia a presidente do Hospital Bambino Gesù, Mariella Enoc, e alguns médicos e enfermeiras”.
Os padrinhos das meninas foram dois dos cirurgiões que separaram as gêmeas, uma enfermeira e a mediadora cultural que acompanhou a mãe desde o primeiro dia de internação.
Na resposta enviada à pergunta da ACI Prensa, o comunicado do Hospital termina afirmando que “com a vontade de resguardar a intimidade daquele momento, podemos dizer que foi uma grande alegria para a mãe e para todos nós”.
A história de Ervina e Prefina mudou quando a presidente do Hospital Bambino Gesù, Mariella Enoc, as conheceu em julho de 2019, quando estava na República Centro-Africana, onde o Bambino Gesù apadrinha um hospital local.
A presidente do Bambino Gesù decidiu ajudá-las e deu início aos preparativos para a sua transferência a Roma para que pudessem ser avaliadas no Hospital do Papa.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Finalmente, as meninas chegaram à capital italiana em setembro de 2018 e iniciaram um longo e complexo tratamento que incluiu três cirurgias.
A última operação ocorreu em 5 de junho de 2020 para a separação definitiva dos crânios. A intervenção teve duração de 18 horas e contou com a participação de 30 pessoas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
No Hospital do Papa, separam gêmeas siamesas unidas pela cabeça https://t.co/Vco84gTZOU
— ACI Digital (@acidigital) July 9, 2020