PARIS, 11 de ago de 2020 às 15:30
Enquanto a Segunda Guerra Mundial ocorria ao seu redor na Polônia, São Maximiliano Kolbe lutou pelas almas usando uma “arma”: a Medalha Milagrosa.
"Mesmo que uma pessoa seja da pior espécie, se somente aceita usar a medalha, dá-lhe ... e depois reza por ela, e no momento certo se esforce para aproximá-la de sua Mãe Imaculada, para que possa recorrer a ela em todas as dificuldades e tentações”, disse Kolbe sobre a Medalha Milagrosa.
“Esta é verdadeiramente a nossa arma celestial”, disse o santo, descrevendo a medalha como “uma munição com a qual um soldado fiel atinge o inimigo, ou seja, o mal, e assim resgata almas”.
A Medalha Milagrosa é um sacramental inspirado na aparição mariana a Santa Catarina Labouré, em Paris, em 1830. Nossa Senhora apareceu para ela como a Imaculada Conceição, ela estava vestida de branco e de pé sobre um globo com a luz saindo de suas mãos e esmagando uma serpente sob seus pés.
“Uma voz me disse: ‘Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças’”, disse Santa Catarina.
Como seminarista franciscano que estudava em Roma, em 1917, Kolbe foi tocado pela história do papel que a Medalha Milagrosa desempenhou na conversão de Afonso de Ratisbona.
Ratisbona era um maçom francês e ateu de ascendência judaica que recebeu a graça da conversão enquanto usava uma medalha milagrosa dada a ele por um de seus amigos católicos em Roma. A Virgem Maria apareceu a ele em 20 de janeiro de 1842, em uma capela lateral da Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, em Roma.
São Maximiliano Kolbe escolheu celebrar sua primeira Missa em 29 de abril de 1918 na capela lateral de Sant'Andrea delle Fratte, onde Nossa Senhora apareceu a Ratisbona.
Este último foi ordenado sacerdote jesuíta, e finalmente deixou a ordem para se mudar para Jerusalém em 1855, onde fundou um convento para irmãs da Congregação de Nossa Senhora de Sion, uma congregação fundada para “testemunhar na Igreja e no mundo que Deus continua sendo fiel em seu amor pelo povo judeu. "
São Maximiliano deu a vida no lugar de um companheiro de prisão em Auschwitz, um homem que tinha mulher e filhos. Ele morreu de uma injeção de ácido carbólico (fenol) no campo de concentração, em 14 de agosto de 1941. Os oficiais nazistas incineraram o corpo do santo na festa da Assunção de Maria.
Kolbe é conhecido por ser um evangelizador e missionário eficaz. Antes de se mudar para o Japão, em 1930, fez uma peregrinação à Capela da Medalha Milagrosa na Rue de Bac, em Paris.
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São João Paulo II recordou a visita de São Maximiliano quando rezou na capela de Paris em 1980.
“Venho como peregrino, depois de todos os que vieram a esta capela a partir de há 150 anos; como todo o povo cristão que em grande número está aqui todos os dias para vos dizer a sua alegria, a sua confiança e a sua súplica. Venho como o Beato Maximiliano Kolbe: antes da sua viagem missionária ao Japão; precisamente há 50 anos, veio ele aqui procurar o vosso apoio particular para propagar aquilo a que chamou depois "A Milícia da Imaculada" e veio lançar a sua obra prodigiosa de renovação espiritual, sob o vosso patrocino, antes de dar a vida pelos seus irmãos”, disse São João Paulo II.
São Maximiliano formou a Milícia da Imaculada em 1917 para "levar cada indivíduo com Maria ao Sacratíssimo Coração de Jesus". Ele pediu a todos os seus membros que usassem a Medalha Milagrosa como um sinal de sua consagração total a Maria.
“Agora, nesta época da Imaculada Conceição, a Santíssima Virgem entregou à humanidade a 'Medalha Milagrosa'. Sua origem celestial foi comprovada por inúmeros milagres de cura e, particularmente, de conversão”, escreveu Kolbe.
“A própria Imaculada, ao revelá-lo, prometeu muitas graças a todos aqueles que a usassem, e dado que a conversão e a santificação são graças divinas de Deus, a Medalha Milagrosa será um dos melhores meios para obter estes dons”, disse.
À oração de Santa Catarina associada ao sacramental: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", Kolbe acrescentou, “e por todos os que não recorrem a Vós, especialmente pelos inimigos da Igreja e aqueles que vos recomendam. Amém”.
Publicado originalmente em Catholic News Agency. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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