WASHINGTON DC, 12 de ago de 2020 às 11:10
O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, por meio de sua conta no Twitter, que escolheu como candidata à vice-presidência a senadora californiana Kamala Harris, que promove o aborto legal e a legalização de maconha.
Harris é a primeira mulher negra a ser escolhida candidata à vice-presidência em um dos partidos majoritários dos Estados Unidos. Sua mãe nasceu na Índia e seu pai na Jamaica. Como defensora do aborto legal, pressionou Biden nesta direção nos últimos meses.
Biden comentou que quando Harris serviu como procuradora-geral do estado da Califórnia, compartilhou funções com seu filho falecido Beau Biden. “Ele a viu enfrentar os grandes bancos, ajudar os trabalhadores e proteger mulheres e crianças de abusos. Estava orgulhoso dela na época e estou agora, por tê-la como parceira nesta campanha", disse Joe Biden.
Antes de sua escolha nesta terça-feira, Harris foi manchete por seus inúmeros ataques a Biden. Criticava-o especialmente por apoiar a Emenda Hyde, que impede o uso de fundos federais para o aborto.
Biden apoiou essa emenda por mais de quatro décadas. Mudou sua postura em junho de 2019, apenas um dia depois de reafirmar seu apoio a essa política. Harris destacou isso durante um debate, comentando que a postura contrária à emenda "teve um impacto em muitas mulheres em nosso país".
Em abril de 2019, Harris disse que acreditava nas mulheres que acusaram Biden de má conduta sexual durante seu mandato no Senado e como vice-presidente de Barack Obama.
“Eu acredito nelas e respeito que sejam capazes de contar suas histórias, assim como por terem a coragem de fazê-lo”, disse Harris em um evento em Nevada. Biden negou ter agido "inadequadamente" com as mulheres.
Harris atuou no Senado como membro do Comitê Judiciário, responsável por vetar candidatos para cargos federais. Em 2018, questionou a idoneidade de um candidato por pertencer à Ordem dos Cavaleiros de Colombo, uma das maiores instituições católicas de caridade do mundo.
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Em dezembro de 2018, Harris e a senadora Mazie Hirono examinaram o candidato Brian C. Buescher, um advogado de Omaha indicado pelo presidente Donald Trump para presidir o Tribunal Distrital do Distrito de Nebraska.
Harris também apoiou a legalização da maconha em 2018, embora durante um debate em julho, o deputado Tulsi Gabbard tenha assinalado que, como procuradora-geral, Harris enviou "mais de 1.500 pessoas para a prisão por violações com maconha", mas riu do tema quando admitiu em uma entrevista ter usado a droga.
Publicado originalmente em CNA.
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— ACI Digital (@acidigital) June 17, 2020