Roma, 18 de ago de 2020 às 12:54
Em 18 de agosto, a Igreja celebra a festa de Santa Helena, mãe do imperador romano Constantino, que viajou a Jerusalém entre os anos 327 e 328, onde encontrou a Cruz de Cristo e transferiu seus restos para Roma.
Os fragmentos trazidos por Santa Helena estão hoje preservados na Basílica da Santa Cruz em Jerusalém de Roma, muito perto da Basílica Pontifícia de São João de Latrão. A descoberta da Santa Cruz está cheia de detalhes sobrenaturais.
Segundo a tradição, Santa Helena localizou o Calvário graças aos testemunhos dos habitantes de Jerusalém, que guardaram a memória do ponto exato, apesar da tentativa de distorcer o lugar através da construção de um templo pagão.
Naquele lugar de Jerusalém, hoje está a Basílica do Santo Sepulcro, dentro da qual são venerados o local da crucificação e o Santo Sepulcro. Esta igreja foi construída precisamente por ordem de Constantino, embora tenha sido posteriormente destruída pelos Persas e Árabes e depois reconstruída pelos Cruzados.
Em suas investigações, Santa Helena localizou numerosas cruzes, já que o Calvário era um ponto comum de execução. Para averiguar qual era a verdadeira Cruz de Cristo, mandou colocar alguns fragmentos perto de uma mulher agonizante que, ao tocá-los, melhorou de sua doença.
Esses fragmentos são aqueles que estão guardados em um relicário do ano 1800 em uma cripta sob a Basílica da Santa Cruz em Jerusalém, em Roma.
A atual Basílica, do século XVIII e em estilo barroco-romano, encontra-se numa construção anterior do século IV restaurada nos séculos VIII e XII.
O local em que se encontra era, originalmente, o Palatium Sessorianum, um palácio imperial que incluía um circo e um anfiteatro militar. O anfiteatro ainda está em bom estado e é utilizado como jardim de um mosteiro fundado no século X anexo à Basílica.
Ao transladar a capital imperial de Roma para Constantinopla, o imperador Constantino entregou a propriedade do palácio à sua mãe, Santa Helena. Santa Helena construiu no palácio a capela onde guardou as relíquias da Cruz.
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No século VIII, os Papas Gregório II e Adriano I restauraram a capela. No século XII, o Papa Lúcio II ampliou a capela em estilo românico mediante a construção de três naves, uma torre sineira e um pórtico.
A estrutura dessa construção é a que se conserva até hoje, embora muito modificada pela reconstrução barroca realizada no século XVIII a pedido do Papa Bento XIV.
A Basílica é uma das sete igrejas que os peregrinos que vão Roma devem visitar. As sete igrejas são a Basílica de São Pedro do Vaticano, a Basílica de São João de Latrão, a Basílica de São Paulo Extramuros, a Basílica de Santa Maria Maior, a Basílica de São Lourenço Extramuros, a Basílica de São Sebastião Extramuros e a Basílica da Santa Cruz em Jerusalém.
Além dos fragmentos da Santa Cruz, na cripta da Basílica conserva-se a relíquia da placa com a mensagem, em hebraico, grego e latim, de "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus", mandada colocar por Pilatos no topo da Cruz de Cristo.
A proveniência da placa não é clara, mas acredita-se que tenha sido transferida para a Basílica no século VI. A mesa guardada na cripta preserva a inscrição “I. NAZARINVS RE”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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