RIO DE JANEIRO, 3 de set de 2020 às 15:46
Na noite desta quinta-feira, 3 de agosto, a bandeira da Ordem de Malta será projetada no monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como uma homenagem ao Beato Gerardo, fundador desta Ordem, por ocasião dos 900 anos de seu falecimento.
Fra 'Gerardo foi fundador e primeiro Grande Mestre da Ordem de Malta, uma das mais antigas da Igreja Católica. Ele morreu em Jerusalém, no ano 1120.
A celebração no Alto do Corcovado foi organizada pelo delegado de comunicação e assuntos internacionais da Ordem de Malta no Rio de Janeiro, Cavaleiro da Graça Magistral Alfredo Apicella, pelo Presidente da Ordem de Malta no Rio de Janeiro, Ronaldo Cavalheiro, e pelo 2º secretário da Ordem de Malta no Rio de Janeiro, Cavaleiro da Graça Magistral Phabricio Petraglia, junto ao reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo.
Além da homenagem ao fundador, o objetivo desta cerimônia é mostrar os trabalhos desenvolvidos pela ordem religiosa, que coloca em prática ideais de fé e caridade há nove séculos.
Conforme contou Alfredo Apicella, o Beato Gerardo “criou um hospital que garantiu o atendimento para todos, sem distinção de origem ou religião. Hoje esta missão é mais relevante do que nunca, testemunhando pelo compromisso médico, social e humanitário em 120 países ao redor do mundo”.
“‘Sirva os enfermos e necessitados’ é o presente que Fra 'Gerardo nos deixou e para o qual nos lembramos dele neste importante aniversário. A Ordem Hospitalar Militar Soberana de São João de Jerusalém de Rodes e de Malta é uma grande obra humanitária”, completou.
Além disso, agradeceu a Deus e também ao reitor do Santuário do Cristo Redentor pela oportunidade de realizar o “sonho de estar aqui abraçando o Cristo Redentor e que seja um abraço divinal para o país e o mundo inteiro e que a gente fique sempre mais atento ao nosso próximo”.
Por sua vez, Ronaldo Cavalheiro indicou que, “como presidente da Ordem de Malta”, está “extremamente feliz” por poder homenagear o fundador.
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Ele assinalou que a Ordem de Malta também “tem mais de 900 anos porque, em 1113, a nossa Ordem de Malta foi oficialmente reconhecida pelo Papa da época”.
Recordou ainda que o Papa Emérito Bento XVI, “que também é da Ordem de Malta”, celebrou em 2013 a Missa pelos 900 anos da Ordem de Malta.
“Então, comemorar os 900 anos de morte do Beato Gerardo é para nós uma satisfação muito grande porque o legado que ele nos deixou é extraordinário. Ele não apenas acolhia os enfermos católicos, mas também os de qualquer religião. Como a nossa ordem divulga e entende, o enfermo é o ser humano na condição mais humilde, que mais precisa”, declarou.
Segundo o presidente da Ordem no Rio de Janeiro, atualmente há 13mil cavaleiros no mundo inteiro e são mantidos mais de 1500 hospitais, ambulatórios. “No Rio de Janeiro, mantemos um ambulatório de três andares que atende a 13 comunidades no Itanhangá, o Ambulatório São João Batista, onde temos 26 consultórios e atendíamos, antes da pandemia, uma média de 200 pessoas por dia”.
“Estamos mantendo o legado que Dom Gerardo nos deixou. Hoje se torna tão importante no momento que vivemos quando uma pandemia já ceifou tantas pessoas de todas as nacionalidades, quando existem milhões de pessoas que já adquiriram a enfermidade. Obrigado, Dom Gerardo”, concluiu Ronaldo Cavalheiro.
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