JERUSALÉM, 4 de set de 2020 às 15:27
A Basílica da Natividade, em Belém, recebe milhões de peregrinos, mas uma em especial foi levada e colocada exatamente no local onde Jesus nasceu e a foto deste momento comoveu muitos nas redes sociais; trata-se da pequena Sofiya, que sofre de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e sua família conta com doações para financiar seu tratamento.
Esta mãe levou sua filha portadora da síndrome AME ao exato local onde Jesus nasceu, na Basílica da Natividade em Belém. A foto desse momento comoveu a muitos, pois não há limites para a fé de uma mãe. ? Ronny Levy | Conheça sua história e contribua: https://t.co/VmWdfZ1hKW pic.twitter.com/1TV1kvYyKI
— ACI Digital (@acidigital) September 5, 2020
Sofiya, que nasceu na Bielorússia, está realizando um tratamento no Hospital Schneider, em Israel. Assim, sua mãe, Yulia, aproveitou para levar a pequena às igrejas da Terra Santa. Na sua peregrinação pelos lugares santos do cristianismo, destacou-se a ida de Yulia e Sofyia à Basílica da Natividade, localizada em Belém, no território da Autoridade Palestina. Ali, Yulia falou com a Virgem Maria “de mãe para mãe”.
“Como cristã, toda a minha vida desejei vir aos lugares sagrados da Terra Santa e quando o infeliz incidente com Sofiya me ocorreu, decidi ir ao lugar mais identificado com os bebês que é a Igreja da Natividade em Belém, onde o próprio nasceu Jesus, o filho de Maria”, afirmou.
Ressaltou ainda que foi neste local onde “aconteceu o maior milagre, o nascimento de Jesus do seio da Virgem Maria”. Nesse sentido, contou, “quando eu estive lá me uni a Maria e pedi a ela que me fizesse um grande favor como mãe, porque só uma mãe pode entender minha imensa dor. Eu rezei lá porque Maria recebeu um milagre lá, e eu creio que o grande milagre da minha vida está para acontecer comigo também que será a cura de Sofiya”.
Yulia, atualmente com 23 anos, deu à luz Sofiya aos 22 anos e afirma que “era a mãe mais feliz do planeta”. Entretanto, quando a criança estava com 1 mês de idade, foi diagnosticada com AME. “Assim que descobrimos isso... meu mundo foi destruído”, disse entre lágrimas.
“Eu estava absolutamente em choque e não conseguia acreditar”, contou a mãe. Segundo ela, os médicos lhe disseram que “crianças com esse diagnóstico só chegam até os 2 anos de vida”, mas que havia um tratamento que poderia salvar Sofiya, atualmente com 9 meses.
Entretanto, disseram a Yulia que mesmo se ela vendesse “tudo o que sua família tem, não será suficiente”. “Quando você percebe que a pessoa mais amada em sua vida está desamparada e olha para você em busca de uma ajuda que você sozinha não pode dar, você assume a maior tristeza do mundo”, comentou.
Diante disso, a mãe de Sofiya começou a pesquisar sobre essa doença neuromuscular, degenerativa, genética e rara. Então, descobriu que existe um tratamento chamado Zolgensma, o qual, segundo explicou, “substitui um gene partido e pode ser administrado até os dois anos de idade da criança. Depois disto, ele já não é eficaz”.
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“Porém, é muito caro e eu e minha família não podemos pagar por conta própria. Depois de um tempo, reuni minhas forças e pensamentos e decidi salvar meu bebê por todos os meios e abri uma campanha de arrecadação de fundos para salvar Sofiya e viemos para Israel”, relatou.
Embora tivesse ouros países como alternativa para realizar o tratamento, Yulia disse que decidiu levar a menina para Israel “basicamente pela combinação de duas coisas importantes”. “Por um lado, o Hospital Schneider em Israel é conhecido como um dos melhores hospitais do mundo para o tratamento de crianças e, por outro lado, como católica devota, a Terra Santa para mim é a fonte das bênçãos e da salvação. Acredito que combinar ciência e medicina com a fé é uma boa receita”.
Nesse sentido, indicou que cada dia de vida de sua filha “é um novo milagre”. “Então, eu definitivamente acredito que só um milagre pode ajudar a salvar a vida dela”, e acrescentou que, “quando as pessoas doam para salvar Sofiya, elas são na verdade parte deste milagre, porque Deus fala ao coração delas e lhes diz para ajudar Sofiya”.
“Minha capacidade de acreditar em milagres é baseada em nossa fé em Jesus, que realizou grandes milagres em sua vida pelos habitantes da Terra Santa e até hoje, milhares de anos depois, as pessoas ainda são agraciadas nos lugares sagrados da Terra Santa devido à sua fé em Cristo”, expressou Yulia em sua visita a Jerusalém.
Para ela, “todo aquele que visita a Terra Santa, sua vida espiritual muda, ele recebe um reforço espiritual que não pode receber em nenhum outro lugar”.
“Estou feliz por ter trazido Sofiya aqui e tenho certeza que, com a ajuda de Deus e com as orações e doações de muitos fiéis, veremos um milagre acontecer e salvaremos a vida dela”, concluiu.
Para colaborar com a campanha de arrecadação de fundos para o tratamento da pequena Sofiya, acesse AQUI.
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