No último dia 13 de setembro, por ocasião da Peregrinação Internacional Aniversária, o Santuário de Fátima (Portugal) atingiu a sua lotação máxima, dentro dos limites de segurança adotados devido à pandemia de coronavírus.

Segundo informou o Santuário, pela primeira vez, foi preciso fechar as entradas, pondo em prática o plano criado no âmbito da pandemia de Covid-19, que prevê uma ocupação segura para o Recinto de Oração.

Em declarações à Rádio Renascença, a porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, explicou que contaram com a colaboração da GNR (Guarda Nacional Republicana) para o controle da entrada dos peregrinos.

Durante a celebração, foram feitos apelos constantes para o cumprimento das regras de distanciamento social, chamadas de atenção que foram bem recebidas pela multidão de peregrinos, que se dispersou pelo extenso Recinto de Oração.

Carmo Rodeia reiterou que “há um uso generalizado da máscara” e que “o próprio santuário vai fazendo avisos ao longo da celebração para que as pessoas possam manter o distanciamento social”.

De acordo com dados do Santuário, foram acolhidos na Cova da Iria no último fim de semana nove grupos nacionais, um da França, quatro da Espanha, dois da Itália e um da Polônia. Além disso, estiveram presentes participantes da 6ª Peregrinação da Comunidade Surda.

Pandemia expôs nossa fragilidade

A Peregrinação Internacional Aniversária de setembro foi presidida pelo Bispo Emérito de Santarém, Dom Manuel Pelino. Na noite de sábado, 12, durante a vigília de oração, o Prelado afirmou que “a pandemia veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas”.

“Precisamos de mudar, de nos converter da indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço fraterno”, salientou.

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Dom Pelino falou sobre os “muitos momentos de escuridão, de sofrimento, de desânimo, de medo”, e lembrou que é nestas ocasiões que Nossa Senhora nunca nos abandona.

“Nessas ocasiões, recorremos ao amparo da nossa Mãe do Céu para que ela nos envolva com o seu manto de luz. Ela é para nós a aurora que anuncia a luz do Sol Nascente, que vem iluminar os que vivem nas trevas”, expressou.

O perdão é atitude essencial do cristão

Já na manhã de domingo, 13 de setembro, Dom Pelino presidiu a Santa Missa na Cova da Iria e, ao refletir sobre as leituras do dia, ressaltou a importância do perdão constante como atitude essencial do cristão.

“O perdão tem de estar sempre presente porque as ofensas, as palavras e atitudes que magoam, as vaidades e invejas que dividem, o azedume das más disposições, estão enraizados no coração humano e residem permanentemente na comunidade, como residem na família, nos grupos e na sociedade em geral”, declarou o prelado, segundo quem, “para formar comunidade” é necessário “perdoar mutuamente e constantemente”.

“Somos, verdadeiramente, um povo de pecadores, mas não esquecemos a nossa vocação à santidade. (…) O perdão alicerça a convivência fraterna na comunidade e aproxima-nos de Deus, levando-nos a amar como Ele nos ama. Orienta-nos, assim, para uma existência reconciliada e faz resplandecer mais claramente, na nossa vida e na da Igreja, a misericórdia e a graça de Deus”, concluiu.

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