No segundo caso conhecido nos Estados Unidos, um homem que pensava que tinha sido validamente batizado e ordenado sacerdote agora, depois de descobrir a verdade, teve que receber de forma correta todos os sacramentos, incluindo a ordenação.

Pe. Zachary Boazman, sacerdote da Arquidiocese de Oklahoma City, pensou que havia sido ordenado validamente em 2019. No entanto, em agosto, a Congregação para a Doutrina da Fé emitiu uma nota doutrinária lembrando aos católicos que os batismos não são válidos se o ministro do Batismo mudou as palavras ou fórmula do batismo de “Eu te batizo” para “te batizamos”.

Boazman, que foi batizado em outra diocese em 1992, analisou um vídeo de seu batismo após o anúncio do Vaticano e descobriu que o diácono que o batizou havia usado as palavras inválidas "te batizamos".

Em uma carta de 14 de setembro enviada a sacerdotes, diáconos e funcionários, e compartilhada com a CNA - agência em inglês do Grupo ACI -, a Arquidiocese de Oklahoma City disse que Boazman “imediatamente entrou em contato com o Arcebispo Paul Coakley para explicar a situação e buscar orientação” depois de sua descoberta.

Como o batismo de Boozman não havia sido válido, os sacramentos posteriores que recebeu (reconciliação, comunhão, crisma, ordenação) também eram inválidos. Seu batismo inválido também invalidou muitos dos sacramentos que ofereceu antes de sua ordenação válida, incluindo Missas, confissões e alguns matrimônios. Uma exceção importante são os batismos realizados por Boazman, pois os batismos podem ser validamente realizados por qualquer pessoa usando a fórmula e a intenção corretas.

Poucos dias após a descoberta de Boazman, ele foi validamente batizado como católico e ordenado sacerdote.

“Para corrigir o problema, Pe. Boazman foi batizado, crismado e recebeu a Eucaristia em 8 de setembro na Igreja Católica de São Francisco de Assis, em Oklahoma City”, afirmou a arquidiocese na carta.

“Foi ordenado pelo Arcebispo Coakley como diácono de transição e depois sacerdote em 12 de setembro também na Igreja Católica de São Francisco de Assis. Esta foi uma experiência desoladora para o Pe. Zak, mas enfrentou com graça e paciência”, acrescenta a carta.

“Estou certo de que a semana passada, por mais perturbadora que tenha sido, fortalecerá ainda mais a determinação do Pe. Zak de servir o povo de Deus e desenvolverá um apreço ainda mais profundo pelo dom do sacerdócio”, acrescenta.

Pe. Boazman não pôde ser contactado no dia 16 de setembro, porque estava em retiro.

A Arquidiocese de Oklahoma City assinalou que, na semana passada, Dom Coakley validou os matrimônios testemunhados por Boazman antes de sua ordenação válida. Boazman não tinha realizado nenhuma crisma antes de sua ordenação válida.

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A Arquidiocese de Oklahoma City encorajou qualquer pessoa que esteja preocupada pelos sacramentos que tenha recebido de Boazman antes de sua ordenação válida, a telefonar para a arquidiocese.  

Ele não foi o único padre a descobrir recentemente que nem sequer era católico, muito menos sacerdote.

Em agosto, logo após o anúncio do Vaticano, Pe. Matthew Hood, da Arquidiocese de Detroit, lembrou de ter visto no vídeo de seu batismo que o diácono celebrante havia dito “te batizamos”.

Hood entrou em contato com a Arquidiocese de Detroit e, após ser batizado validamente e receber os sacramentos da penitência, sagrada comunhão, crisma e ordenação diaconal, foi ordenado sacerdote em 17 de agosto.

A história de Hood despertou preocupações entre alguns católicos sobre se seus próprios batismos foram válidos e até onde deveriam ir para descobrir. A Igreja Católica normalmente presume que um sacramento é válido, a menos que haja alguma prova do contrário, como os vídeos dos batismos de Boazman e Hood.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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